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Associações criam 'Com publicidade responsável não se brinca'

A campanha busca mostrar a importância da publicidade ética e responsável, que reforce, entre outros conceitos, os valores sociais positivos.

Liderados pela Associação Brasileira de Anunciantes (ABA) e pela Associação Brasileira de Licenciamento de Marcas e Personagens (Abral), 18 associações se uniram para lançar a campanha “Com publicidade responsável não se brinca”, uma série em 22 posts que estarão nas plataformas de todos os participantes. 

Os textos estão baseados em regras do Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária (Conar). A campanha se encerra no Dia das Crianças.

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“A campanha busca mostrar a importância da publicidade ética e responsável, que reforce, entre outros conceitos, os valores sociais positivos, como amizade, urbanidade, honestidade, justiça, generosidade e respeito a pessoas, animais e ao meio ambiente.”, afirma Marici Ferreira, presidente da Associação Brasileira de Licenciamento de Marcas e Personagens (Abral). 

A comunicação de produtos e serviços para crianças, acrescenta, deve também contribuir para o desenvolvimento positivo das relações entre pais e filhos, alunos e professores.

O primeiro post da campanha lembra que “Nenhum anúncio utilizará na sua comunicação apelo imperativo de consumo diretamente à criança.”

O último remete a um manifesto de todas as associações chamado ‘Comunicação responsável de produtos e serviços destinados a crianças’. Nele, seus signatários orientam anunciantes, agências, veículos, produtores de conteúdo, licenciadores e licenciados a conhecer e aplicar as normas estabelecidas pelo Código de Autorregulamentação do Conar, base do exercício da liberdade de expressão com responsabilidade.

O manifesto lembra também que o Brasil, atualmente, está sob a égide de um modelo jurídico misto, avançado e eficiente, composto por 22 normas que regem o tema, mais do que o Reino Unido, com 16 normas, e os Estados Unidos, com 15. 

Além disso, a Constituição Federal aborda o tema em sua redação, e, de forma ainda mais detalhada, esse tipo de comunicação é objeto de regulação descrita no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e no Código de Defesa do Consumidor (CDC).  

Um dos principais objetivos da campanha, afirma Sandra Martinelli, presidente-executiva da Associação Brasileira de Anunciantes (ABA), é “Estimular a reflexão em relação ao consumo e os hábitos saudáveis de modo geral, lembrando sempre que qualquer comunicação publicitária deve estar sempre claramente identificada, sendo vetado o merchandising dirigido à criança. As normas existentes do Conar não atrapalham a efetividade da comunicação dos produtos, serviços e marcas, e sim agregam valor a eles. Com isso, o consumidor se sente respeitado. Seguir as regras não é um favor, é uma obrigação das empresas e anunciantes.”