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Favelas cariocas têm visibilidade no "Tá no Mapa!"

Trata-se de um conjunto de ações que permite a identificação destes locais e a visibilidade destas áreas, na prática, destacando pontos comerciais e de serviços, fazendo com que esses locais passem a ser vistos na internet.

As favelas brasileiras aparecem nas plantas digitais metropolitanas apenas como um espaço em branco. São áreas completamente invisíveis no mundo digital.

A partir deste cenário de invisibilidade digital, o Grupo Cultural AfroReggae implementou o projeto “Tá no Mapa!”. Trata-se de um conjunto de ações que permite a identificação destes locais e a visibilidade destas áreas, na prática, destacando pontos comerciais e de serviços, fazendo com que esses locais passem a ser vistos na internet. A iniciativa garante, além de cidadania digital, dignidade aos moradores da comunidade.

A comunidade Parada de Lucas, localizada na Zona Norte do Rio de Janeiro, com cerca de 20 mil moradores, é a primeira a ter o projeto digital implementado. O objetivo é que ele seja expandido para outras favelas e áreas de cidades brasileiras que hoje não têm reconhecimento oficial.

Mais amplo, o projeto incide diretamente na vida cotidiana das pessoas, promovendo cidadania e facilitando a possibilidade do crescimento do mercado local e de acesso aos serviços públicos. Sem fazer parte do mapa da cidade, cidadãos que vivem nestes locais têm dificuldade, ou mesmo impossibilidade, de contar com direitos básicos, como saneamento, energia elétrica, água, entrega de gás e de até mesmo, correspondências.

Centro de Inteligência Coletiva (Foto: Divulgação/AfroReggae).

José Júnior, coordenador executivo e líder do AfroReggae, destaca o protagonismo social dos jovens da comunidade:

“Esse projeto está sendo tocado por nós com muito carinho. Nossa vocação sempre foi a de dar condições de uma vida nova para as crianças das comunidades em que atuamos. Pode parecer pouco para quem já acha banal a relação com as redes sociais com a web. Mas para essas crianças, isso significa um resgate de identidade. Elas não crescerão à margem deste novo mundo. Uma vida melhor num mundo melhor”, afirma.

“Não tem motivo para estas comunidades continuarem sendo manchas brancas em qualquer que seja o mapa, metafórico ou não”, completa José Júnior.