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Grandes eventos impulsionam turismo em Porto Alegre

O ano de 2017 rendeu 21 eventos captados pelo Porto Alegre Convention & Visitors Bureau (POA-CVB) para a cidade.

O ano de 2017 rendeu 21 eventos captados pelo Porto Alegre Convention & Visitors Bureau (POA-CVB) para a cidade. Somados aos que já estavam agendados antes do início deste ano, a Capital passa a contar com a certeza de que pelo menos 66 congressos, seminários e outros acontecimentos do gênero ocorram até 2023.

De acordo com o presidente da entidade, Maurício Cavichion, a tendência é melhorar. "Neste ano, o resultado já foi bem melhor que em 2016, quando foram captados apenas 10 eventos. E, para 2018, estamos bastante animados." A estratégia utilizada nos últimos 12 meses, segundo Cavichion, foi apostar em uma "ação mais agressiva e personalizada junto a dirigentes de entidades" – como a Sociedade Gaúcha de Anesteologia, por exemplo – com potencial para realizar algum evento na cidade.

Para o próximo ano, o POA-CVB traçou um plano comercial (cujo cronograma se estende até 2030), em que estão mapeadas 78 associações com possibilidade de eventos prevista. "Iremos realizar a abordagem, mostrando os diferenciais de Porto Alegre em relação a outros destinos, e pontuando o quanto essas realizações podem gerar de impacto econômico no comércio e trade local", afirma Cavichion. Já no caso de eventos corporativos (com lançamentos e vendas de produtos da indústria – que, em geral, são realizados no Sudeste e Nordeste, ou em Gramado e Bento Gonçalves, quando em solo gaúcho), a ideia é passar o conceito do que se produz e que se pode reverter em benefício da cidade.

De acordo com a estimativa do presidente do POA-CVB, os 21 eventos captados em 2017 irão movimentar R$ 29 milhões na Capital. E, até 2023, os mais de 65 acontecimentos previstos, juntos, irão gerar um impacto de R$ 143 milhões para a economia local (com a circulação de aproximadamente 100 mil turistas no período). "A cada R$ 1,00 investido no custo de captação da entidade (mantida por diversos segmentos do setor), retornam R$ 36,00 para o comércio e a hotelaria." O presidente do Sindicato de Hospedagem e Alimentação de Porto Alegre e Região (Sindha), Henry Chmelnitsky, embasa a importância de investir nos projetos da entidade captadora de eventos.

"O trabalho do POA-CVB é extremamente importante, uma vez que busca novas oportunidades para o turismo de eventos na Capital." O Sindha está entre os maiores investidores do POA-CVB, tendo injetado R$ 300 mil em projetos da entidade durante 2017. No caso do impacto da permanência de congressistas visitantes em Porto Alegre, o diretor de Turismo da Secretaria de Desenvolvimento Econômico (SMDE) de Porto Alegre,

Roberto Snel, observa que, para cada R$ 1,00 investido em turismo de negócios na Capital, o retorno para a economia local é de 1,5%. Outros dados apresentados por Snel mostram que, nesta mesma situação, o varejo é impactado, em média, na ordem de 30% a 40% (acima da média nacional, que é de 17% a 25%). "O resultado da presença de congressistas de negócios é muito positivo para o comércio da cidade, sendo que o tíquete médio fica em torno de R$ 300,00 a R$ 400,00 por dia", destaca o diretor de Turismo da SMDE.

Conforme Snel, no primeiro semestre de 2017, a arrecadação de tributos vinculados à atividade turística (contando outros segmentos) na cidade foi de R$ 8,95 milhões – representando um aumento de 5,9% em relação ao mesmo período de 2016. "Todo evento de negócios que ocorre em Porto Alegre tem reflexo imediato na hotelaria", afirma o presidente do Sindha. "Logo depois, esse impacto se estende para a gastronomia", completa. Chmelnitsky destaca que outros acontecimentos, como shows, alteram a curva da ocupação hoteleira, que tem ficado em média no patamar de 44%. "Quanto maior o número de participantes do evento, maior a ocupação", reforça.