Experiência de Marca

Silêncio! Vai ter Copa!

A hora das greves, das ruas, da mobilização é outubro. Porque se renovarmos os quadros políticos até que alguém se mostre digno de nos governar estaremos contribuindo para que os recursos do País sejam melhor investidos e a corrupção diminua.

Sou crítico dos mais ferrenhos contra a incompetência generalizada. Não aceito, particularmente, que se tenha gasto milhões de reais em estádios e ao redor deles, ao invés de se investir na educação, na saúde e no trabalho.

Pior mesmo, é um governo mentir para o povo, dizendo que haverá legado, gerado pelo evento em transporte, mobilidade, infraestrutura urbana, equipamentos múltiplos de lazer, e, agora, na maior cara de pau, dizer que são os estádios o legado. O que o povo fará com eles, a não ser pagar preços abusivos para ver um jogo ou evento?

Bom, isso é uma coisa.

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A outra coisa é que, guardada a oportunidade que o governo teve de entrar para a história e fazer do povo seu aliado, ao lhe entregar o que prometeu como legado, os padrões espúrios da Fifa e as falcatruas que deram dinheiro para grupelhos ligados ao governo, existe um fato maior: A Copa do Mundo no Brasil.

Não me parece lógico esse patrulhamento agora, transformando em marginais quem se atreve a dizer que vai torcer pelo Brasil, quem quer colocar uma camisa verde e amarela, marcar um encontro ou churrasco em casa para reunir a turma e ver os jogos. Por quê

Por que não se pode ir aos estádios – quem conseguiu comprar ou ganhar ingressos, ir às fan fests, aos’ terreirões’, aos eventos corporativos ou não, criados para marcas ou pessoas, e ruas ornamentadas e fazer sua torcida?

Não há crime nisso. Não há alienação alguma. Há quem goste do futebol, como há quem goste de shows, há quem tenha no sangue a verve de torcedor, como há quem tenha a verve de baladeiro. E por que não podem se divertir na Copa?

A hora de impedir o evento passou. Passou quando elegemos mal nosso presidente, governadores, senadores e deputados. Passou quando apoiamos, o povo, sim senhor, a escolha do Brasil como sede há sete anos atrás. Eu bem lembro de gente na rua, na praia, em pleno dia de semana, vibrando com a escolha. Talvez, dentre eles, gente que, hoje, insuflada por oportunistas, se diz contra a Copa.

Passou irmão. Vai ter Copa sim. E é bom que tenha, porque agências e profissionais de um mercado que crescia vertiginosamente, e que tem como ganha pão essa atividade, vai trabalhar nele. É isso. Tem trabalhador ganhando seu sustento na Copa.

Tirando os grevistas oportunistas, que pretendem instalar o caos durante o evento para diminuir ainda mais o número de empresas e turistas que nos tinham como destino certo para seus eventos – caímos do sétimo lugar para o nono como destino para eventos. Parabéns bobões que perdem oportunidade de trabalho. -, damos mais um péssimo exemplo de falta de maturidade, consciência política e hospitalidade ao mundo e aos turistas que vem – ou viriam – para Copa.

A hora das greves, das ruas, da mobilização é outubro. Porque se renovarmos os quadros políticos até que alguém se mostre digno de nos governar estaremos contribuindo para que os recursos do País sejam melhor investidos e a corrupção diminua.

Lembrem que parte significativa das bandeiras e sindicatos que estão agora nas ruas, fazendo greves e passeatas, há bem pouco tempo estavam no seu canto quietinhos porque eram parte do governo, ganhavam grana dele, ou apoiaram esse mesmo governo contra ao qual hoje se voltam, porque dá mídia.

Portanto, uma coisa é ser contra o que foi feito para essa Copa. Outra é estar contra ela, contra o futebol, a Seleção e quem gosta de torcer. Uma coisa é ter o legítimo direito de protestar por salários baixos e desrespeito, como estão fazendo professores, profissionais da cultura, rodoviários e pessoal da segurança. Outra é deixar o País e o povo a mercê de bandidos, desrespeitar o direito de ir e vir e contribuir para que TRABALHADORES exerçam suas funções. Ou pimenta nos olhos dos outros é refresco?

Meu texto é em defesa dos profissionais de eventos e das agências que estão legitimamente envolvidas em eventos, ações e campanhas na Copa. Em defesa de um mercado que auxilia o País e traz recursos para ele. De uma indústria vocacionada para o turismo, porque queiram ou não somos um País maravilhoso. Nossos políticos é que não são.

Por fim, peço direito à alegria, torcida, trabalho e um show do povo. Peço respeito aos promocitários de todo País que vão torcer para esse evento ser um sucesso e outros acontecerem.

Porque não é com o medo que crescemos. É com a alegria, a consciência, o trabalho sério, o amor a um País que não está na ponta da chuteira, mas deve estar onde estão as estrelas. No céu, nas conquistas, trabalhando para termos a melhor Copa de todos os tempos.

Quanto aos abutres de plantão. Silêncio, porque vai ter Copa.

Brasil! Tum tum tum. Brasil! Tum tum tum. Brasil! Tum tum tum.