O vai e vem de pedestres na Rua Chile foi substituindo por uma multidão de ciclistas na manhã de ontem. Com 670 participantes, aconteceram ontem o Desafio Bike e o Run – disputas nas modalidades ciclista e corrida de rua, promovidos pela Prefeitura. Na Praça Castro Alves, o gradil e as fitas de isolamento davam sinais de que havia algo fora do comum na rotina do soteropolitano. “Estão realizando uma corrida, aí”, avisou um agente da Transalvador.
Os capacetes coloridos chamavam a atenção de quem passava pela região. A largada foi na Praça Municipal e os participantes precisavam dar voltas entre o Pelourinho e o Comércio, em um circuito com 5,5 km de extensão. A quantidade de voltas alternava entre 3 e 7 repetições, de acordo com a faixa etária dos participantes.
“Acho que o maior desafio é ter que se equilibrar na bicicleta tendo que subir tantas ladeiras. Tem que ter muita força e coordenação motora”, opinou a aposentada Idalina Ferraz, 68 anos, que assistia ao evento. Dona Idalina tinha razão. Alguns atletas não aguentaram o percurso. Eles precisavam seguir até o Pelourinho, retornar para a Praça Castro Alves, descer a Ladeira da Conceição da Praia, pedalar pelo Comércio, subir a Ladeira da Montanha e, então, a ladeira da Rua Pau da Bandeira — era aí que estava o problema.
“Essa ladeira é muito íngreme. Nesse fim do percurso a gente fica cansada, principalmente, depois de subir duas ladeiras, mas faz parte do desafio”, contou uma competidora, enquanto tentava recuperar o fôlego. O jeito foi descer da bike e empurrar ladeira acima.
O siderúrgico aposentado Jorge Magalhães, 64, saiu da Boa Viagem para assistir a disputa. “Estava em casa quando vi a reportagem falando sobre a competição no Centro e vim acompanhar. Eu pedalo desde os quatro anos”, disse.
