Para segmentação publicitária

Pesquisa da Disney revela quem são as "personas" dos telespectadores de streaming no Brasil

Estudo com 1.000 brasileiros revela hábitos de consumo e perfis que orientam estratégias de publicidade no setor

A Disney divulgou a pesquisa “Generation Stream”, que identificou quatro perfis comportamentais de telespectadores de streaming no país. O estudo entrevistou 1.000 brasileiros, juntando dados que oferecem insights para que marcas melhorem a conexão com o público por meio de publicidade segmentada.

Segundo as informações, os brasileiros demonstraram um consumo híbrido de conteúdo via streaming: pela Generation Stream, 98% de nós assistimos conteúdo estrangeiro, mas também valorizamos produções nacionais. Cerca de 67% consideram importante consumir filmes e séries locais e, mais ainda, 63% dos entrevistados mantêm forte conexão com suas raízes culturais.

Pesquisa da Disney mostra preferência por filmes, mas os esportes vêm ganhando espaço

pesquisa disney generation stream
Imagem: FreePik/Reprodução

Ainda segundo a pesquisa da Disney, um hábito que não mudou muito no perfil brasileiro é a preferência por filmes de longa-metragem. O entendimento do estudo é o de que 78% dos entrevistados afirmaram uma preferência pelas produções cinematográficas, seguidos por séries e animes.

Entretanto, uma faceta crescente no consumo brasileiro do streaming é a apresentação de esportes — com eventos internacionais atraindo 70% do público, que, curiosamente, mostra apreço e torcida até por equipes estrangeiras. Documentários e reality shows, no entanto, aparecem com menor frequência na experiência do streaming.

As 4 “personas” da Generation Stream (e como marcas podem tirar proveito delas)

De acordo com a Generation Stream, o brasileiro consumidor de streaming pode pertencer a um entre quatro grupos distintos. Todos eles foram distribuídos mediante volume de preferências e divergências de conteúdo, o que, em tese, permite que marcas de veiculação publicitária possam direcionar melhor suas campanhas.

  1. Comfort Connectors: buscam bem-estar e relaxamento, geralmente buscando conteúdos para “abstrair”. Pense neles como aqueles que colocam filmes, séries ou esportes para descansar após um longo dia de trabalho.
  2. Empathetic Escapists: usam conteúdo como refúgio emocional. Este grupo é mais propenso a prestar atenção em publicidades mais alinhadas com as suas preferências de conteúdo — e ignoram o “barulho” exterior a isso.
  3. Social Shapers: transformam séries em conversa e influência. Aqui, as campanhas mais bem sucedidas são aquelas veiculadas por marcas que buscam relevância cultural, abordando especificamente o consumidor que tem um envolvimento maior com o conteúdo que consomem.
  4. Reflective Explorers: valorizam reflexão e crescimento pessoal, valorizando a curiosidade e o engrandecimento de valores: aqui, o ideal é a apresentação de campanhas e ações que tragam algum propósito cultural mais aprofundado.

“O streaming é nosso core business. Queremos oferecer dados confiáveis para o mercado publicitário”, comenta Giselle Ghinsberg, Diretora da Disney Brasil.

De acordo com a marca, a ideia é oferecer esses dados às companhias interessadas por meio da plataforma Disney Select, que a Disney criou para medir a segmentação precisa de anúncios com base nos comportamentos de consumo.

Rafael Arbulu

Redator

Jornalista há (quase) 20 anos, passeando por editorias como entretenimento, tecnologia e negócios, sempre com um olhar crítico e praticamente nostálgico. Por toda a sua carreira, sempre buscou detalhar desde as tendências mais disruptivas do mercado até as curiosidades culturais que desafiam a lógica do "só porque é novo, é melhor". Fã de vinis, cervejas especiais e grandes sagas literárias, ele traz para os textos doses generosas de referências pop – mas sem esquecer que, no universo corporativo, até o lado B precisa fazer sentido.

Jornalista há (quase) 20 anos, passeando por editorias como entretenimento, tecnologia e negócios, sempre com um olhar crítico e praticamente nostálgico. Por toda a sua carreira, sempre buscou detalhar desde as tendências mais disruptivas do mercado até as curiosidades culturais que desafiam a lógica do "só porque é novo, é melhor". Fã de vinis, cervejas especiais e grandes sagas literárias, ele traz para os textos doses generosas de referências pop – mas sem esquecer que, no universo corporativo, até o lado B precisa fazer sentido.