O Dia da Parceria, que tramita hoje como projeto de lei, é mais do que uma celebração simbólica. Ele propõe um convite: parar para refletir sobre o papel transformador que as colaborações exercem nos negócios e na sociedade. Em um cenário cada vez mais desafiador, onde o imediatismo muitas vezes atropela o planejamento, lembrar da importância das parcerias é essencial para construir resultados que combinam propósito com consistência.
E não estamos falando só de boas intenções. Um estudo global da Wunderman Thompson mostrou que collabs bem construídas podem aumentar em até 30% o valor percebido de uma marca. Não é coincidência que algumas das empresas mais admiradas do mundo investem cada vez mais em conexões estratégicas, abrindo espaço para o outro, misturando repertórios e cocriando soluções. Porque, no fim, a colaboração bem feita não é apenas uma ferramenta criativa — ela é uma alavanca de negócios.
É exatamente esse olhar que impulsionou marcas como a Reserva, que durante a pandemia decidiu manter a produção 100% brasileira, apoiando fornecedores locais e apostando na força da indústria nacional. O resultado? Um salto de faturamento de R$400 milhões em 2020 para R$2 bilhões em 2024. Uma decisão de parceria com impacto direto em resultado e em reputação.
Ou o case da Beefeater com Sabrina Sato, que transformou o “Carnaval da Sabrina” em uma plataforma que uniu liberdade criativa, relevância cultural e retorno financeiro para todas as partes envolvidas. Quando há confiança, objetivos claros e verdade, a parceria se transforma em algo maior do que a soma das partes.
Sem falar da colaboração entre Alok e Free Fire, uma união improvável entre música e universo gamer que quebrou recordes de engajamento, impulsionou vendas e ampliou a presença internacional de ambas as marcas. Tudo isso enquanto gerava recursos para iniciativas sociais.
Esses exemplos mostram que as grandes ideias de negócio não nascem do isolamento, mas sim da escuta, da troca e da convivência entre repertórios diversos. Parceria é isso: sair do script, assumir riscos, abrir espaço para o novo e crescer junto.
Foi essa mentalidade que colocou o Brasil no centro do mapa global da criatividade. O reconhecimento como País Criativo do Ano em Cannes não veio por acaso. Ele veio porque sabemos transformar conexões em potência, desafios em soluções e encontros em legado. A criatividade brasileira não está só na publicidade. Ela está na nossa capacidade de formar alianças verdadeiras entre marcas, causas, pessoas e propósitos.
O papel da comunicação, nesse contexto, é criar pontes. Aproximar empresas de seus valores, marcas de seus públicos e negócios de seus futuros. E é exatamente por isso que o Dia da Parceria precisa ser lembrado: para que não esqueçamos da força que nasce quando caminhamos juntos. Porque parceria, quando bem feita, entrega o que há de mais raro no mercado atual: consistência com potência.
Tati Oliva, fundadora da Cross Networking e sócia e membro do conselho da Holding Club, compartilha insights sobre estratégias de networking, parcerias inovadoras e tendências que impulsionam negócios no mercado de marketing promocional.
Tati Oliva, fundadora da Cross Networking e sócia e membro do conselho da Holding Club, compartilha insights sobre estratégias de networking, parcerias inovadoras e tendências que impulsionam negócios no mercado de marketing promocional.