
Escrever um texto, gravar um vídeo, falar para uma plateia, como enfrentar estas situações de frente? Sabemos que falar em público é um dos maiores medos declarados. Também percebemos que escrever não é uma das atividades mais apreciadas pela grande maioria. E com a tecnologia de hoje, acabou surgindo mais um desconforto, gravar um vídeo.
O maior inimigo de tudo isso nada mais é que o julgamento que fazemos de nós mesmos, e que se tornou um dos grandes obstáculos criativos de nossa realidade online, onde a tecnologia se conecta e os usuários cada vez estão mais distantes, por conta da facilidade oferecida.
Temos aqueles que se julgam incapazes de realizar estas atividades sistematicamente, isto é, exigem tanto de si, revisam tantas vezes o mesmo material, que nunca fica de seu agrado para ser compartilhado. Desta forma, acabam privando as pessoas de ler, ver e ouvir, e daí sim julgar se concorda ou não, trata-se de um conceito que pode aproveitar em seu dia a dia, ou não; mas o fato de seu autor nunca achar que está perfeito para publicação, torna o texto inédito, para sempre, pois nunca estará pronto.
Por outro lado, existem aqueles que avaliam sua comunicação, e acreditam tanto em si mesmos, que não fazem sequer uma revisão. Quem tem o hábito de escrever sabe que cometemos erros de toda a natureza quando estamos a frente com um computador; por exemplo, erros de digitação, de concordância verbal, ou mesmo de encadeamento do raciocínio, o que torna difícil para o leitor compreender o que está sendo desenvolvido.
O resultado é que acabamos diante de textos e vídeos, muitas vezes que não nos acrescentam nada.
Superado este ponto, chegamos ao próximo passo, que para muitos acaba sendo intransponível, pois o julgamento atua muito fortemente. Este é um dos principais desafios que enfrentamos: o bloqueio criativo.
Esse fenômeno pode ser desencadeado por diversos fatores, como a pressão interna por produzir algo de qualidade, os altos padrões que estabelecemos para nós mesmos ou até mesmo a ansiedade em relação à recepção do público. O medo de que o que escrevemos e vamos publicar, não seja interessante ou relevante o suficiente, pode causar uma paralisia que impede a escrita ou a gravação de um vídeo, por exemplo. Uma prova que você pode fazer com você mesmo, é publicar um texto no LinkedIn e ver o que acontece. Se não estiver ok, o ambiente é controlado e você pode tirar do ar a qualquer momento.
Muitas vezes, após este bloqueio, vem a nossa mente a comparação com outros autores.
Nos dias de hoje, com a abundância de conteúdo disponível nas redes sociais, na internet, é fácil se sentir inadequado ao avaliar o sucesso de outros. Tal atitude, resulta em uma crítica interna, e muito severa, onde o próprio autor se julga de forma imparcial, subestimando suas habilidades e perspectivas únicas. Nós somos muito mais exigentes conosco do que os nossos públicos.
Para mim, hoje, escrever ou gravar um vídeo, se tornou uma forma de manifestar meus conceitos, compartilhar minhas experiencias e com isso poder contribuir com quem está ligado nos espaços onde eu estou. Confesso a vocês que no início, eu ficava muito preocupado com a reação. Toda hora entrava nas redes sociais para ver qual era o desempenho daquelas linhas ou quantos likes o vídeo tinha alcançado. É claro que todos nós gostamos de ser reconhecidos, e a forma como contabilizamos isso, é basicamente contando estas interações que a publicação alcançou.
Se eu hoje estivesse iniciando esta jornada, certamente me preocuparia muito menos do que me preocupei no passado. E digo isso pois o like não é o verdadeiro julgamento de sua audiência. E não necessariamente a ausência deles possa ser atribuída a qualquer julgamento, e sim estar ligado com o horário em que você o publicou, por exemplo.
Hoje, estou em duas jornadas maravilhosas, uma de tiro longo com muitas pesquisas e entrevistas. Outra de tiro mais curto, pois trata-se de uma biografia de um ser humano de muitas faces e muito interessante.
Logo estarão sendo lançadas.
Análises e bastidores do marketing esportivo com Luiz Fernando Coelho, especialista com mais de 40 anos de experiência. Primeiro colunista do Promoview, Luiz escreve há oito anos no portal, com o detalhismo de um verdadeiro contador de histórias e a precisão de um veterano do mercado.
Análises e bastidores do marketing esportivo com Luiz Fernando Coelho, especialista com mais de 40 anos de experiência. Primeiro colunista do Promoview, Luiz escreve há oito anos no portal, com o detalhismo de um verdadeiro contador de histórias e a precisão de um veterano do mercado.