Novo episódio

Na escuta com João Rock: como um festival do interior se tornou um dos maiores eventos do Brasil

Paulo Neto, Diretor de Marketing do Bananas Eventos, fala sobre trajetória, expansão e patrocinadores

Mesmo que a nomenclatura tenha escolhido um gênero musical para seguir a essência, o João Rock nunca foi apenas sobre Rock ‘n’ Roll. O festival, que de inicio era para ser chamado de “Rock Brasil”, optou por homenagear um nome que até então aparentava ser famoso entre os bateristas: João, ou John, para os estrangeiros e acabou se tornando um dos maiores eventos musicais do Brasil.

No novo episódio do Na Escuta, Paulo Neto, Diretor de Marketing do Bananas Eventos, chega aos estúdios da MAXI para compartilhar com Cindy Feijó, CEO do Promoview, media partner do evento, a trajetória do festival, patrocínios e experiências.“A gente tem o cuidado de expandir o festival em experiências, áreas e ações, mas sempre mantendo a origem de valorizar a música nacional”, inicia Paulo Neto.

Paulo Neto, Diretor do Bananas Eventos, produtora do João Rock, compartilha sobre o festival no Na Escuta

Trajetória de patrocínios

Paulo Neto relembra que o João Rock surgiu também como uma resposta à falta de eventos no interior que oferecessem oportunidades relevantes para as marcas se conectarem com o público jovem, fã de rock, MPB e de experiências de marca mais imersivas. “Foi uma oportunidade pra que as marcas tivessem um evento que fugisse do sertanejo, pra atingir esse outro público com experiência de marca e ativações.”

Desde o início, havia uma atenção às ativações e ao potencial de engajamento. Com o tempo, essa entrega foi se tornando cada vez mais complexa e bem executada: cenografias trabalhadas, experiências imersivas e presença estratégica das marcas como parte da vivência do festival, não como algo à parte. “É uma oportunidade pras marcas impactarem o público do interior de forma tão impressionante quanto nos festivais das capitais“, comenta.

Plataforma de experiências

O João Rock vai além dos shows: é pensado como uma vivência completa para o público, da chegada à cidade até o retorno pra casa. E isso se reflete em cada detalhe da produção. “O João Rock é um dia pra você realmente ser quem você é, ou quem você nunca foi, quem você quiser. É quase como passar por um portal pra um mundo paralelo.”

Paulo explica que a experiência vai além do line-up. O festival contempla quem quer curtir uma nova banda, ver um clássico, ou simplesmente deitar na grama e assistir ao pôr do sol. A produção também se preocupa com o impacto do festival na cidade e na jornada do público desde o pré até o pós-evento:

“Tem gente que vem do Acre ao Rio Grande do Sul. Literalmente. A gente entende isso e cria experiências como o late checkout em hotéis parceiros, porque o público sai exausto depois de mais de doze horas de festival.”

Um trabalho de co-criação

Para o time da Bananas Eventos, o sucesso das ativações é reflexo da co-criação com marcas e agências. A ideia é pensar junto desde o começo, com foco total no público. “Tentamos sempre criar junto: marcas, festival e público. Quando a marca entra no processo de cocriação, ela consegue agregar de verdade na jornada do consumidor.”

Isso vale desde um brinde funcional que faz diferença no dia do público, até um post no pré-evento.“Que não seja só um post dizendo ‘oi, sou patrocinador oficial’, mas que realmente agregue pro público e se conecte com a experiência que ele vai viver.”

Dica final

Ao fim da conversa, Paulo deixa uma dica que vale para qualquer marca que quer se destacar no universo dos festivais: “Coloque o público como ponto focal. A marca precisa trabalhar pensando no que é mais útil pra ele — e aí, consequentemente, será útil pra marca também.”

Ele reforça que o João Rock não muda por modismo, mas evolui com coerência. “É uma plataforma viva”. Por isso, as marcas que compartilham valores semelhantes e se comprometem com parcerias de longo prazo colhem os melhores resultados.

“Quanto mais tempo dura essa história, mais hidratação ela ganha. Menos sustos, mais impacto. O João Rock é um grande laboratório — e a construção com as marcas também.”

Beatriz Maxima

Repórter

Especialista em produção de conteúdo, cobertura de eventos e gestão de canais digitais. É formada em Jornalismo pela Unesp e pós-graduanda em Jornalismo Cultural e de Entretenimento.

Especialista em produção de conteúdo, cobertura de eventos e gestão de canais digitais. É formada em Jornalismo pela Unesp e pós-graduanda em Jornalismo Cultural e de Entretenimento.