Experiência de Marca

Fiat mostra a força da diversidade no Salão do Automóvel

Para o time de promotores em seu estande, a marca convidou uma modelo com Síndrome de Down, um homem com vitiligo e uma jovem com perna mecânica.

O Salão do Automóvel de São Paulo abriu recebe o público até 18 de novembro. Desde a edição de 2016 a principal mostra de carros da América Latina sofre uma série de críticas pela forma como exibe as mulheres.

Não é para menos: estima-se que a população feminina tenha influência em 90% das decisões de compra de carros. Apesar deste dado, o evento brasileiro é tradicionalmente um espaço que trata mulheres mais como enfeite do que como público consumidor ao rechear os estandes com modelos vestidas com roupas justas e decotadas.

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Geralmente quem trabalha nos estandes de feiras, congressos e exposições como o Salão do Automóvel costuma ter um padrão de beleza bastante peculiar, sobretudo mulheres: sempre saradas e vestindo roupas curtas e apertadas. No entanto, a objetificação das modelos neste tipo de evento começa a ser criticada pelo público com uma ênfase cada vez maior.

Na contramão do lugar comum, neste ano a Fiat levou para o Salão um grupo multifacetado, formado por pessoas que representam e se conectam com as diferenças. Para o time, foi convidado uma modelo com Síndrome de Down, um homem com vitiligo e uma jovem com perna mecânica.

Indo no caminho oposto ao que se vê em eventos do tipo, a ação simboliza e exalta a diversidade.

De acordo com Malu Antônio, gerente de Marketing e Comunicação da FCA América Latina, o insight surgiu a partir da própria proposta do evento: proporcionar novas experiências e fazer os visitantes alterarem a forma como veem o mundo.

"Esse anseio do Salão do Automóvel vai ao encontro do que pregamos internamente que é manifestar toda a diversidade do Brasil por meio de produtos que sirvam para qualquer pessoa. Somos um País tão diverso, com tantas cores e riquezas humanas. Incluir pessoas que são diferentes é um esforço para mostrar que nossos automóveis e nossa marca é para qualquer um, independente de quem seja.", declara Malu.

No processo de seleção das modelos para o Salão do Automóvel, a FCA pediu ao casting que não escolhesse apenas uma loira de olhos azuis, mas também uma mulher com Síndrome de Down, com perna mecânica, excesso de peso, a transexual e um modelo com vitiligo. O objetivo era ter algo bem diverso em todo o estande com pessoas que traduzisse a real beleza do Brasil e não só os tradicionais arquétipos sempre presente nesse tipo de evento.

Malu declara que "Infelizmente, pela agenda delas, a jovem com excesso de peso e a transexual não puderam participar, mas a bailarina com perna mecânica Melina Reis, a jovem com Síndrome de Down Laura Ribeiro e o modelo com vitiligo Akin fizeram bonito ao mostrar que o padrão de beleza vai muito além de vestidos curtos."

A importância da diversidade

Ações como essa são cruciais para “descoisificar” a mulher nesse tipo de evento, dentro do segmento automotivo e na sociedade como um todo. Além disso, esta ação também serve para mostrar que todas as pessoas são capazes, independentemente da questão física, intelectual, racial ou qualquer outra.

De acordo com Malu, a repercussão tem sido extremamente positiva. No primeiro dia, os visitantes estranharam ver pessoas que fugiam aos padrões estéticos do evento, mas com o passar do tempo foi possível perceber que a aprovação de quem passava pelo estande era alta.

Akin Cavalcante, Melina Reis e Laura Ribeiro.

"Esse esforço tem repercutido de maneira muito positiva. Veículos de mídia entraram em contato conosco para saber mais sobre a ação, colegas do segmento automotivo visitam o estande para entender melhor o que fazemos e até um grupo de 40 jovens da Apae que souberam da iniciativa vieram nos visitar na sexta-feira (16/11).", declarou Malu.

A FCA América Latina sempre se posicionou a favor da diversidade de raça, gênero e qualquer particularidade física ou intelectual. Todo esse esforço em abraçar as diferenças se traduz em ações como esta do Salão do Automóvel que se fortifica e se desdobra em novas frentes a cada ano.

Desde edições anteriores do Salão, a estratégia da FCA se pautou em vestir as modelos com roupas que expusessem menos o corpo feminino e também se preocupou em convidar homens para conversar com o público.