Conteúdo Especial

E-commerce: lidando com os riscos cibernéticos na Black Friday

<span>A comunidade<em> hacker</em> está cada vez mais atenta para realizar ciberataques, mas para evitá-los é preciso estar atento a algumas etapas.</span>

A comunidade hacker está cada vez mais atenta para realizar ciberataques, mas para evitá-los é preciso estar atento a algumas etapas.

Estar disponível antes, durante e depois da Black Friday não é uma das tarefas mais simples para um e-commerce. Estar apto para um elevado número de vendas e ter alto pico no faturamento no período parece ser muito atrativo, porém, a preocupação, por parte de quem vende, deve ir de ponta a ponta na operação, pois há diversos pontos sensíveis que podem causar danos materiais e de imagem à empresa, especialmente frente à iminente chegada da LGPD.

Algumas dicas importantes:

Pré-Black Friday

Muito antes da Black Friday, a coleta de dados dos possíveis consumidores é tratada de maneira minuciosa para que as campanhas de marketing tenham eficácia e posteriormente se convertam em vendas.

Mais do que cruzar informações, é preciso se atentar para que esse processo esteja dentro da legalidade e que durante a data, seja fator positivo para otimizar a operação.

Além disso o investimento e preparo em infraestrutura para aguentar o volume diferenciado deve ser feito de forma planejada e diligente, não necessariamente adotar novas tecnologias significa tornar o processo mais eficiente, pode significar o aumento da superfície de exposição e acabar resultando em maiores problemas, por isso planejamento e teste são essenciais.

Preparação do lojista (do pequeno ao grande)

Para não ser pego de surpresa, o lojista precisa ter um plano de crise montado e testado. Dessa forma, a resposta passa a ser mais rápida para toda a cadeia que faz parte do negócio e o custo é minimizado.

O que precisa ficar claro para o lojista é, que se ele sabe que as vendas são acentuadas nesse período, a preparação precisa ser prévia, independentemente do tamanho do e-commerce. Grande ou pequeno, a data representa um pico no faturamento operacional e para que seja, de fato, rentável, é necessário proteger.

Para os pequenos lojistas, existem parceiros comerciais que estejam dispostos a atender demandas menores, com ferramentas pré-moldadas específicas para esse tipo de negócio.

A privacidade e o vazamento de informações

Esse tipo de evento (Black Friday) aumenta consideravelmente o fluxo de informações dos sites, ainda mais com a expansão dos caminhos de comunicação e interface com parceiros de negócio, como processadores de pagamento; aumentam também o tipo e proporção de informações que são coletadas, já que cadastros muitas vezes se tornam pedidos, que por sua vez se oficializam em efetivas compras.

Embora existam inúmeros recursos tecnológicos, o número de riscos nesse tipo de data é de fato potencializado.

Durante a Black Friday

O sucesso de uma Black Friday está diretamente atrelado à disponibilidade no dia do evento, que por sua vez está atrelado a vendas e suporte. Existe ainda a preocupação com o processamento de pagamentos e entrega.

Estar atento ao que acontece com o ambiente de rede e sites concorrentes, esse é um risco democrático, que afeta a todos na cadeia de fornecimento. Devido ao enorme fluxo transacional, as plataformas ficam muito carregadas e a queda de um site é extremamente preocupante e ainda uma realidade em diversas empresas, existe também o aumento do volume de fraudes, erros, faltas, e, ocasionalmente, até mesmo defeitos em mercadoria.

Reputação em cheque

Grandes datas atraem mais holofotes, dessa forma os erros são potencializados. O prejuízo financeiro é de fato um problema, mas o potencial prejuízo vai muito além do custo diretamente relacionado ao produto vendido! Existem os processos consumeristas, existe a depreciação da marca, existe a perda de clientes, e até mesmo a desvalorização da companhia

Pós-Black Friday

A fase de pós-Black Friday implica na busca/pesquisa de compras que não foram, de alguma forma, processadas por algum problema, fosse devida a falta de estoque, problemas na entrega, complicações no pagamento; tudo isso gira em torno das informações que foram coletadas, e são processos que geram ainda mais informações (como as de refazer o pedido, devolver o dinheiro, logística reversa, garantia, etc).