Não podemos esquecer que as nossas palavras representam experiências, historias de vida, e é através de palavras e historias que traduzimos pensamentos ideias e emoções.
Quando falamos em narrativas e historias não estamos falando necessariamente no ser humano, ainda que de alguma forma o ser humano possa estar presente.
Narrativas representam o relato de quem conta uma historia nas suas próprias palavras, já as historias são fatos reais, ainda assim também, podem ser adulteradas.
Em-qualquer dos casos podemos estar falando de pessoas, locais históricos, produtos, lendas e até de grandes instituições. Também podemos estar nos referindo a algo sde um passado, ou até do presente.
Em ambos os casos o tempo e a vida é o maior celeiro de narrativas.
O principal objetivo de cada experiência ou historia pode ser considerado como informação, conhecimento, cultura e aprendizado, valorizando a cultura e os valores que devem ser preservados.
Falando em cultura e aprendizado não podemos esquecer os mitos, as lendas que transformam homens em ídolos, que transformam derrotas e fracassos em historias homéricas, adaptadas habilmente para justificar personagens ou erros históricos.
Conhecendo um pouco o mundo posso afirmar que essa prerrogativa é global, e quem não tem historia faz historias.
Historias que ajudam o turismo nas viagens e roteiros turísticos, na gastronomia, Publicidade (Story Telling), revelando e transformando o lugar em um espaço histórico.
Essa deturpação consciente da História nem sempre pode ser considerado uma mentira, na maioria das vezes reinventar a historia implica em adequar o fato, a uma realidade desejada, através de um exercício de ficção criativa.
Os fatos históricos quase sempre são igualmente transcritos em livros, documentos e pesquisas, quase sempre endossados por historiadores que têm a responsabilidade de avaliar e confirmar os relatos históricos.
Quando esses fatos são desconstruídos as variantes e as explicações são muitas, imagem política, homenagens póstumas a alguma figura esquecida, valorização de um contexto histórico esquecido, adaptação de fatos à realidade atual, na verdade é a adaptação e uso da historia para consolidar um fato que precisa ser noticiado ou reconhecido.
No sentido oposto, justifico as narrativas com destaque das lendas e narrativas épicas dos deuses do Olímpo, com os seus heróis até hoje referendados e glorificados.
É a historia do mundo e das civilizações apoiadas em Mitos ou lendas que sobrevivem com os seus monumentos e escritos quase sempre como um elo à realidade atual, tomemos como exemplo os jogos Olímpicos.
No fundo o que é mais importante nas historias é o resgate histórico e cultural das nossas historias, que começam naturalmente na infância abrindo as portas a um mundo imaginário de fantasia criativa.
Contar Historias é um ato lúdico, uma viagem na imaginação que podem ser integradas ao mundo da comunicação, à publicidade (Story Telling), ao turismo como já citei no inicio deste artigo.
Por mais fantasiosa que a historia possa ser ela carrega sempre uma lição, uma verdade, um processo educativo, uma interação com a realidade presente ou do passado através da cultura e das emoções.
Vamos ser personagens das nossas historias, sem esquecer que somos o que conseguimos imaginar
Obrigado
Edmundo Monteiro de Almeida
