Pra quem iniciou a carreira em eventos há mais de 20 anos como eu, acompanhar todo esse crescimento tecnológico sem colocar humanização nos processos, é algo bem complexo de administrar.
Assim como quem está iniciando agora, ou há pouco tempo, já imersos na era digital, pensar em humanização ou trabalhos manuais, também é algo complexo.
Temos aí um conflito de gerações, que em várias empresas e agências tem sido algo muito interessante de se estruturar e em outros nem tanto. Já presenciei conflitos bem difíceis e calorosos, assim como conexões que resultaram em eventos de muito sucesso.
Precisamos ter a mente aberta, se atualizar, entender principalmente a real necessidade do nosso primeiro cliente, o contratante, e também o nosso segundo cliente, o público do evento.
Já havia parado pra pensar nisso?
Que temos dois clientes?
Pois bem, se você ainda não havia percebido isso, comece a olhar para este ponto imediatamente e com muita atenção.
É necessário haver um equilíbrio entre os dois clientes, geralmente tendemos a seguir os pedidos do nosso primeiro cliente, o contratante, afinal é ele quem está pagando a conta.
Mas será que é ele mesmo?
Já parou pra pensar que no final quem paga a conta é o público do evento?
E olha que inclusive ele paga a conta, sem se quer colocar a mão no bolso, mas ele tem a voz do mundo na palma da mão, através de um aparelhinho chamado celular ou smartphone, como preferirem.
É uma questão de segundos para a tecnologia te levar ao céu, mas também te derrubar.
E o participante do seu evento tem esse poder.
De nada adianta investir milhões em equipamentos e experiências sensoriais futurísticas e não ter seres humanos aptos a operá-los.
De nada adianta fazer um cenário maravilhoso, imersivo e não ter a magia do encantamento de pessoas felizes para receber o público.
De nada adianta contratar a melhor atração para o seu evento e não pensar na segurança do público e de todos os envolvidos na produção.
De nada adianta ofertar maravilhas para o público do evento, com ações olfativas, boa comida, ótimas bebidas, e quem realmente faz tudo acontecer, ser tratado com indiferença ou desrespeito, e não ter nem água para beber durante uma montagem.
E esse artigo que parecia ser sobre novidades tecnológicas, se tornou uma reflexão de que sem os seres humanos, os eventos não existem.
Valorize-os, eles são o maior capital da sua empresa, agência ou instituição.
Cuide bem do seu público, e melhor ainda do seu staff.
#VAMOOOOPRODUÇÃO
