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Como preparar sua empresa para a IA funcionar de verdade

IA só gera valor com base sólida: dados organizados, CRM integrado e processos bem alinhados. Veja como estruturar sua operação para isso

Mão robótica representa a IA
Imagem: Divulgação/ Otimifica

Quando se fala em inteligência artificial no marketing, o entusiasmo costuma vir antes da estrutura. Muitas marcas se apressam para ativar ferramentas, automatizar entregas e explorar novos canais. Mas poucas se perguntam: a casa está arrumada para isso funcionar de verdade?

Não adianta querer prever o comportamento do consumidor, personalizar campanhas ou nutrir leads com IA se os dados estão dispersos, o CRM desatualizado e o histórico de campanhas incompleto. A IA pode clusterizar perfis, alimentar sistemas em tempo real e antecipar movimentos do público, mas só se tiver uma base minimamente organizada para trabalhar. E isso, para muitas empresas, ainda é um ponto frágil.

Mas estruturar a casa não é apenas uma questão técnica, é também humana. A IA só gera valor quando há profissionais preparados para interpretar seus dados, validar os insights e transformar sinais em ação estratégica. Implementar tecnologia sem capacitação é como comprar uma máquina sofisticada e deixá-la rodando sem ninguém que entenda o painel. Por isso, é essencial investir na formação das equipes para que elas saibam quando usar a IA, como avaliar as respostas e, principalmente, como conectar a automação ao que realmente importa para o negócio.

Na Otimifica, esse é um diagnóstico comum que percebemos em uma consultoria. Times que atuam com velocidade na ponta, mas que não conseguem cruzar dados básicos sobre jornada, canais e comportamento. Falta integração entre marketing e vendas. Falta um histórico confiável de ações. Falta até mesmo o alinhamento sobre o que medir.

A consequência disso é clara: mesmo com IA implementada, o impacto continua limitado. Segundo o relatório da McKinsey, a IA generativa tem potencial para automatizar até 70% das atividades de trabalho atuais, mas esse potencial depende de infraestrutura técnica e governança de dados. Sem isso, a IA se torna um “plus” que não gera retorno concreto.

Isso exige uma virada de mentalidade. É preciso parar de pensar a IA apenas como “ferramenta” e passar a vê-la como um sistema que depende de uma base sólida para funcionar. Isso inclui:

  • Ter um CRM atualizado, com dados estruturados por comportamento, canal e etapa da jornada.
  • Integrar marketing e vendas para alimentar esses dados de forma constante.
  • Consolidar o histórico de campanhas anteriores: o que funcionou, o que não funcionou, qual foi o contexto e o retorno.
  • Definir fluxos automatizados que conectem insights com ações. Não adianta a IA prever uma intenção de compra se isso não acionar um movimento real na comunicação.

Quando a estrutura está no lugar, os ganhos são imediatos. A IA passa a contribuir com previsões mais precisas, segmentações mais inteligentes e automações realmente úteis. Um bom exemplo disso é o uso de IA para follow-ups de leads pós-evento: quando integrada ao CRM, a ferramenta identifica o momento ideal para contato, sugere a abordagem e já dispara a mensagem personalizada sem que ninguém precise abrir uma planilha.

Esse tipo de aplicação economiza tempo, evita retrabalho e gera resultado. Mas só é possível quando a base está preparada.

O que vale lembrar é que IA não é mágica. É inteligência aplicada sobre um terreno fértil. E preparar esse terreno exige intencionalidade: escolher as ferramentas certas, organizar os dados com clareza e criar rotinas que alimentem o sistema continuamente.

Mais do que implementar ferramentas, é preciso fomentar uma cultura de IA. Isso significa criar um ambiente onde testar, aprender e ajustar faz parte da rotina. Onde a equipe se sente segura para explorar novas possibilidades e desenvolver habilidades digitais com propósito. A IA precisa ser incorporada à lógica da empresa, e não tratada como um recurso à parte. Empresas que criam essa cultura saem na frente, porque conseguem usar a tecnologia para amplificar sua inteligência coletiva e acelerar decisões com mais segurança.Se a sua empresa quer que a IA entregue valor de verdade, o ponto de partida não é o prompt, nem o software mais recente. É o alicerce.

E isso começa por organizar os dados, integrar as áreas, capacitar o time e definir quais perguntas estratégicas a tecnologia deve ajudar a responder. Para quem quer dar esse primeiro passo com mais clareza, o Otimindex pode ser um bom ponto de partida: um diagnóstico direto, técnico e gratuito que ajuda a enxergar o que já está funcionando e o que ainda precisa ser ajustado no seu digital. Afinal, antes de escalar, é preciso saber onde se está pisando.

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