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Proteja sua estratégia com propósito

Já sabemos que nestes tempos, a grande habilidade que precisamos ter é a de sabermos nos adaptar às mudanças.

Já estou com 55 anos. Parece muita coisa, mas, quando olho para frente, vejo que ainda tenho muito a seguir. A questão é que, com essa idade, não queremos mais resolver as coisas da mesma maneira.

Os desafios parecem cada vez mais iguais, e a possibilidade de simplesmente vencer ou ser derrotado não nos provoca tanto.

Claro que todos nós temos que continuar lutando, mas, como a paciência encurta, precisamos encontrar outras recompensas para não nos descolarmos muito da realidade.

Se isso acontece com a gente, claro que acontece também em relação ao nosso emprego ou trabalho. Como empresário, minha agência, a um.a Diversidade Criativa, passou por toda essa transformação junto comigo.

Ja-sabemos que nestes tempos, a grande habilidade que precisamos ter é a de sabermos nos adaptar às mudanças. Parece simples.

Muitos acreditam que basta ficar parado e não reagir que a mudança vai te levar para o outro lado. Mas isso nem de longe representa a skill de adaptabilidade que o presente exige.

É neste momento que a idade nos ajuda a entender que, se não temos o poder de controlar o ritmo e a força das mudanças, temos a graça de nos conhecer melhor e entender como reagimos a elas.

Em 2018, patinando em resultados e correndo atrás das mudanças que arrastavam o nosso mercado para a crise, tomamos a decisão de reposicionar a marca da agência.

Uma ideia excelente para simbolizar todo o nosso esforço em melhorar a imagem e o negócio, afinal, naquele momento, já estávamos com mais de 22 anos de mercado.

Na primeira reunião de briefing para o superjob, com representantes de todas as áreas da agência, percebi que alguma coisa estava fora da ordem. Que faltava na verdade um grude, uma causa, que justificasse tamanho esforço e investimento de todos ali presentes. 

Naquele momento, percebi que o trabalho coletivo e a presença de diferentes pessoas na reunião já estavam nos protegendo. Tantos atritos, tantas dúvidas, tantas perguntas sem respostas mostravam que não estávamos prontos para seguir adiante.

Sempre fomos experientes em comunicação visual. Rever ou criar uma nova marca para a agência não seria um grande desafio. O que estava faltando mesmo era um bom motivo, reconhecido por todos, pelo qual valeria a pena lutar.

Engraçado, pois sempre fomos uma agência-escola, premiada com um dos melhores programas de estágio do mercado, várias vezes eleita como uma das melhores agências para se trabalhar.

Então, não era só uma questão de fazer a coisa certa. O grude que faltava não estava no presente. Estava no futuro – faltava definir e visualizar o futuro que gostaríamos e que poderíamos construir juntos. Uma bandeira pela qual todos se sentissem motivados a seguir.

Foi aí que, buscando um propósito e somando nossas diferenças, percebemos e fomos atropelados pela diversidade.

Então, a nova marca se transformou em questão secundária, e nosso maior investimento se voltou para descobrir, como nós, colaboradores, poderíamos liderar a transformação da agência.

Como poderíamos transformá-la em um lugar seguro para que todos pudessem se sentir à vontade para ser quem são, e para que, a partir dessa plenitude, pudessem lidar melhor com as outras pessoas – por exemplo, ouvindo, entendendo e servindo também os clientes da agência com soluções que de fato fizessem sentido para eles.

A partir dessas reflexões criamos um manifesto chamado de #diversidadecriativa e, aí sim, esse manifesto foi coroado com uma nova marca.

Cerca de seis meses depois, a Agência Um saiu do armário coletivamente e se apresentou para o mercado como um.a #diversidadecriativa.

Toda essa movimentação trouxe uma energia transformadora para minha carreira. Inclusive agora, neste superdesafio da crise de saúde que ainda estamos atravessando.

Não conseguimos ainda reinventar nosso modelo de negócio, tampouco tivemos um 2020 muito azul por aqui. Mas conseguimos manter quase todos os nossos colaboradores, e, com a contribuição de cada um deles, já estamos conseguindo equiparar receitas e despesas para começar 2021 de cabeça erguida.

Essa tarefa ficou mais motivadora para todos, porque, além de bons resultados, também estamos construindo por aqui, um mundo mais diverso, inclusivo e igualitário a partir do nosso trabalho.