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Para você que acha que rede social é somente tecnologia

Há quem diga que rede social é sobre tecnologia. Será que é só isso mesmo?

Fui impactada por uma publicação em uma rede social que traduz muito do que estamos passando em tempos pandêmicos.

“Rede social é mais sobre psicologia e sociologia do que tecnologia.” Essa frase nunca fez tanto sentido, pelo menos para mim.

Nesta chuva de autoconhecimento e de convívio forçado comigo mesma, venho refletindo sobre o real propósito das redes sociais, sejam elas comerciais ou pessoais. Será apenas sobre socialização e tecnologia? 

Para quem trabalha com comunicação e experiência, as redes sociais são uma busca constante em definir qual o método mais inovador ou eficaz de atingir o fim, ou seja, fazer com que a mensagem chegue a quem estamos querendo impactar.

Nossos clientes nos perguntam geralmente: “Onde meu público está?” ou “Qual a melhor plataforma para atingir o meu alvo?”

Em nosso círculo pessoal também não é diferente, pelo menos não era. A definição de qual plataforma utilizar era baseada em pensamentos como: “Vou escolher essa foto linda do pôr-do-sol para expressar que eu estou feliz” ou “Essa frase é quase uma reflexão Shakespeariana”.

Escolhíamos nossas postagens baseadas no lado conceitual do que seria mostrado, seja escrito ou imagético.

Há quatro meses ouvíamos algumas pessoas dizerem: “Não tenho rede social, eu não sou tecnológico (a)”, e hoje, todos são. Até os mais velhos.

Fato é que, nestes últimos meses, estamos vivendo uma ressignificação dos nossos valores, das nossas prioridades, da nossa forma de interação com o mundo, e, principalmente, do que e como iremos consumir e lidar com a informação.

Nosso olhar, que ao mesmo tempo está empático, pensando no próximo, conflita diretamente com o nosso pensamento voltado para nós mesmos e para a reflexão de como chegamos ao momento em que estamos, seja como sociedade, seja como Seres humanos.

Assuntos antes relevantes e necessários para apenas parte de um coletivo social, hoje passa a fazer sentido para grande parte da sociedade, como o estopim do Black Lives Matters, ou Vidas Negras Importam. (Assunto este para um outro artigo, pois o racismo não surgiu em 2020).

Passamos a ser mais sensíveis a certas questões, abusos, posicionamentos.

Ao mesmo tempo, passamos a nos conectar muito mais com o mundo digital, ou seja, com a tecnologia.

Então, espera um pouco: O início da conversa não era que as redes sociais não são sobre tecnologia? E não são mesmo. É sobre comportamento.

Nosso olhar precisa estar cada dia mais voltado a entender o comportamento psicológico e sociológico das pessoas, mesmo quando extrapolamos as fronteiras das redes sociais e partimos para o mundo virtual. Isso serve para nossas redes pessoais, marcas, clientes e até empregadores.

Estamos em um momento em que a nossa conexão com as redes e meios digitais neste momento não é espontânea. É necessidade de interação, e muitas vezes obrigação.

Quantos de nós não acordam psicologicamente abalados e precisamos nos reerguer ou fingir que “a internet está ruim” para decidir ligar a câmera ou não, em uma reunião?

Quantos de nós paramos de consumir os “momentos felizes” que víamos nos perfis de Instagram de nossa rede de contatos e passamos a seguir perfis de informação, iniciativas sociais, ou creators relevantes? Digo nós, por que me incluo nessa.

Deixemos para trás então, o pensamento antigo de que as redes sociais e plataformas virtuais são apenas ferramentas tecnológicas de socialização e passamos a entender que elas vão muito além disso. 

São ferramentas de engajamento psicológico e comportamental, que pode ativar gatilhos de todas as dimensões no comportamento de quem você impacta. Sejamos também sensíveis e reflexivos quanto a isso.

Eu, Haynabian Amarante – Bibi, mulher negra, Head de Produção de Eventos, participo da Ocupação Promoview.

Haynabian Amarante, no mercado de trabalho sou conhecida como Bibi. Publicitária formada pela PUC-SP. Atuante durante estes mais de 12 anos entre as áreas de marketing, planejamento e produção de eventos, hoje sou head de Produção na F/Malta Marketing de Experiências. Na minha trajetória, trago passagem por empresas como Eli Lilly (farmacêutica), agências como Eventos Atitude, BFerraz, TV1 Experience, XYZ, Mondo Entretenimento, Stap, Momentum Worldwilde, 2HO Eventos. Nesse mundo de comunicação e eventos tive a oportunidade de agregar ao meu currículo prêmios como Effie, Caio e FIP junto às agências que trabalhei.