Entrevista

"Hoje, a lógica mudou": Diretora de Marketing revela como as marcas estão se preparando para o The Town 2025

Ana Decacche explica as mudanças de foco das patrocinadoras para a segunda edição do evento

São Paulo - A segunda edição do The Town se aproxima, aflorando a curiosidade do público sobre as novidades que o evento trará — além das já divulgadas, como novos palcos e estruturas VIP. O festival acontece nos dias 06, 07, 12, 13 e 14 de setembro, no Autódromo de Interlagos, que também receberá o Learning Journey, uma imersão nos negócios da Rock World, durante o dia 10.

Em entrevista exclusiva ao Promoview, Ana Decacche, Diretora de Marketing da Rock World, revela as mudanças de foco das marcas para a segunda edição do festival e como esse processo está sofisticando a experiência do evento.

Promoview é media partner oficial do The Town Learning Journey. Saiba mais.

3D do The Town 2025. Foto: Divulgação

Mais que um festival de música

Mesmo sendo um festival novo, o The Town nasceu com os 40 anos de aprendizado da marca Rock in Rio, já chegando consolidado no mercado. Da mesma forma, um dos grandes diferenciais do evento está justamente no fato de ser localizado em São Paulo, incorporando as características da cidade em sua narrativa.

“Isso transforma o festival num verdadeiro parque temático de entretenimento, o que oferece uma plataforma poderosa para as marcas construírem suas histórias a partir desse eixo central. E mais do que um festival de música, o The Town, assim como o Rock in Rio, é um festival de entretenimento. Vai muito além dos shows, com experiências e até um circuito gastronômico. Tudo isso amplia o leque de possibilidades para as marcas surpreenderem e se conectarem com o público”, elucida a Diretora de Marketing da Rock World.

O que muda em 2025

O The Town 2023 contou com mais de 30 marcas parceiras e 200 ações para a audiência. Devido ao sucesso e a comprovação dos benefícios que as ativações em festivais trazem para as patrocinadoras, como reforço do posicionamento e aumento da memorabilidade e engajamento, as marcas estão sofisticando a presença dentro dos eventos musicais.

Agora, mais do que ter um espaço para os estandes e distribuição de brindes, as empresas querem transformar a experiência dos fãs, reforçando o ponto de contato que já demostrou ser extremamente relevante, como explica Ana Decacche:

“Essa transformação pode acontecer de duas formas: uma é oferecendo serviços que melhorem a jornada, como uma capa de chuva, protetor solar ou um bucket hat que vira item de proteção e estilo. A outra, que tem ganhado muita força, é a criação de experiências imersivas, que vão muito além de uma ativação. É sobre proporcionar um momento que o fã vai guardar como memória”.

Junto disso, o setor de brand experience, que está sempre se modificando e absorvendo as demandas sociais e de mercado, parece apresentar novas movimentações para a segunda edição do The Town, indo além dos checklists já populares entre as estratégias.

Ana Decacche, Diretora de Marketing da Rock World

Mais do que ousadia ou cautela, o que estamos vendo é uma mudança clara de mentalidade: o foco está, cada vez mais, no outro. As marcas estão verdadeiramente consumer-centered, ou seja, a experiência tem que ser sobre o público, e não sobre elas. Por muito tempo, o marketing se baseou em discursos do que a marca queria dizer. Hoje, a lógica mudou. O que importa é o que vai fazer bem, o que vai emocionar, o que vai melhorar a experiência de quem está vivendo o festival. E isso vale tanto para a criação de ativações quanto para a forma como as marcas se comunicam nesse ambiente. 

Ana Decacche, Diretora de Marketing da Rock World

Aprendizados da primeira edição

Olhando para o mercado, desde 2023 até os dias atuais, de acordo com Ana, observou-se uma consolidação da música e do entretenimento como territórios férteis para marcas que querem construir relações verdadeiras, emocionais e duradouras com seus fãs. As empresas, mesmo que em diferentes segmentos de mercado, entendem o poder de criar conexões que um festival como o The Town possui.

“Talvez o mais interessante disso tudo seja o potencial de escalar essa conexão digitalmente. Hoje, todo mundo que vive uma experiência num festival quer compartilhar o que sentiu. E quando esse momento é proporcionado por uma marca, ela não só está presente, ela é endossada. Isso gera um efeito multiplicador, porque as pessoas influenciam seus círculos mais próximos. Esse é o poder de um festival: conectar emocionalmente e permitir que essa conexão reverbere muito além do evento, diz Decacche.

Mapa do festival em 2025. Foto: Divulgação

Em números gerais, a primeira edição do The Town gerou R$ 1,9 bilhão bilhão para a cidade de São Paulo criou 23,4 mil empregos e alcançou 2,2 milhões de conversas nas redes sociais. Esses impactos culminaram na reorganização dos espaços, novos palcos e experiências.

“Essas mudanças são naturais e frutos de uma escuta ativa, em que ouvimos os fãs, reunimos nossa equipe e analisamos os aprendizados da primeira edição. A partir desses fatores, redesenhamos o mapa do festival com o mesmo compromisso de sempre de fazer da próxima edição a melhor de todas”, expõe a Diretora de Marketing.

Beatriz Maxima

Repórter

Especialista em produção de conteúdo, cobertura de eventos e gestão de canais digitais. É formada em Jornalismo pela Unesp e pós-graduanda em Jornalismo Cultural e de Entretenimento.

Especialista em produção de conteúdo, cobertura de eventos e gestão de canais digitais. É formada em Jornalismo pela Unesp e pós-graduanda em Jornalismo Cultural e de Entretenimento.