Como o aiqfome mantém uma comunicação hiperlocal atuando em 22 estados brasileiros

Em um mercado competitivo como o de delivery de comida, dominar as capitais parece ser o caminho mais lógico. Mas o aiqfome provou que o interior também é terreno fértil para a inovação — e construiu ali seu diferencial. Criada em Maringá (PR), a plataforma hoje está presente em mais de 700 cidades brasileiras e atua em 22 estados, sempre mantendo um vínculo estreito com as comunidades locais.

Em entrevista exclusiva ao Promoview, Igor Remigio, cofundador e CEO do aiqfome, conta como a marca tem expandido sem abrir mão de seu DNA interiorano. O design próprio, a linguagem descontraída e o apoio a eventos locais fazem parte da estratégia de marketing do aiqfome e ajudam a criar uma experiência relevante para os usuários.

Comunicação com sotaque próprio

Criado por um casal de designers — Igor Remigio e Steph Gomides, COO do aiqfome —, a marca carrega uma identidade visual marcante e uma comunicação que destoa do padrão corporativo. De acordo com Igor, esse diferencial sempre esteve na essência da empresa:

“Por um período tivemos uma identidade com cores mais comerciais, mas eu e a Steph sempre quisemos fazer algo diferente. Criamos o esboço do nosso logo inspirados no fantasminha do Pac-Man. O toque especial foi a mordidinha no fantasma, finalizada pelo nosso time de design. Também escolhemos o roxo como cor principal, algo fora do comum no mercado dominado por vermelho e amarelo — e isso foi muito bem aceito pelo nosso público”.

Mas a identidade visual descontraída se estende também para a forma pessoal como a empresa se relaciona com parceiros. Para o CEO, esse é o diferencial competitivo da marca em relação aos concorrentes: o profundo conhecimento do interior.

Hiperlocal como modelo de negócio

A comunicação com foco em hiperlocal é um reflexo da marca como um todo. Isso porque o modelo de licenciamento da marca permite que empreendedores locais operem o Aiqfome em suas cidades, o que reforça o olhar regional.

“Com a ajuda dos licenciados locais, que de fato moram na região, conseguimos ouvir nosso cliente de forma hiperlocal. Essa visão nos permite saber como conversar com o restaurante que o fominha tanto ama, chegar aos influencers que realmente se conectam com a comunidade e, claro, expandir sendo um parceiro, e não um forasteiro para quem consome o nosso serviço”, explica Igor.

A aquisição pelo Magazine Luíza facilitou a expansão da empresa para novas cidades, além de aumentar a credibilidade da marca. Entre as vantagens da integração, está o D+, clube de cupons do Aiqfome, que garante desconto também em outras empresas do grupo Magalu. Ademais, o app passou a ter uma gamificação exclusiva, melhorias de usabilidade e navegação.

Ativações locais que fazem sentido

O live marketing também está presente na estratégia do Aiqfome, que apoia eventos e iniciativas em cidades do interior, nas quais atua. “Sempre participamos de eventos universitários, aniversários de cidade, rodeios, festivais gastronômicos e gincanas. Também atuamos em parceria com associações comerciais, ONGs e ações sociais como doação de sangue e educação no trânsito”, conta Igor.

A maior parte desses eventos acontecem no Paraná, estado de origem do Aiqfome, como os Jogos Jurídicos PR, o Engenharíadas PR, o JOIA Maringá e o carnaval universitário NoBar, em Pato Branco.

Mas nada impede a exploração de novos territórios — por exemplo, a marca foi parceira do Rodeio Show, em Araxá, Minas Gerais.

O próximo destino do aiqfome

Frente à pergunta “e as capitais?”, Igor esclareceu que esse não é o foco da marca no momento. O próximo passo é expandir para mais de 100 novas cidades ainda este ano, passando de aproximadamente 700 para 800 cidades de atuação. A meta é que, até 2027, esse número seja de 1000 cidades. E, então, quem sabe, pensar em ir às capitais.

“Entendemos que nossa expansão é um movimento natural e já está acontecendo sem deixar o regionalismo de lado. Esse valor faz parte da nossa marca e com certeza não deixará de ser nossa prioridade conforme crescermos”, conclui o CEO.