Pesquisa

Ocorrência de acidentes em eventos aumenta busca por seguros em 269%, diz corretora

Levantamento feito pela Howden indica que proximidade de eventos de grande porte geram preocupação com prevenção

Um levantamento interno feito pela corretora Howden Brasil indica que a busca por seguros de eventos aumentou 269% entre 2021 e 2025. Segundo a marca, a pesquisa indica um panorama de maior preocupação de organizadores, produtores e patrocinadores com a gestão de risco em grandes eventos.

A percepção ganha reforço se considerarmos as ocorrências recentes em eventos de grande porte: entre junho e julho de 2025, ao menos três acidentes ocorreram, alguns, com feridos — um deles foi o Tomorrowland, na Bélgica.

Mês de acidentes em grandes eventos amplia percepção da necessidade se seguros contratados

A ocorrência de acidentes em eventos encontra base em um estudo da Associação Brasileira de Eventos (ABEOC) de 2024. Nele, a entidade constatou um aumento de 15% nos casos nos cinco anos que antecedem a publicação do estudo.

Por essa ótica, a percepção da necessidade de contratar um seguro de evento torna-se mais evidente — algo comprovado pelo levantamento da Howden.

Segundo dados da Associação Brasileira dos Promotores de Eventos (Abrape), o Brasil caminha para uma temporada recorde de realizações no setor: a entidade estima movimentação de R$ 141,1 bilhões no setor de entretenimento em 2025. Paralelamente, informações da SUSEP mostram que, em 2024, o mercado segurador brasileiro arrecadou R$ 435,6 bilhões em prêmios, alta nominal de 12,2 % sobre 2023 — embora o crescimento médio dos ramos de danos fique na casa de 10–19 % ao ano.

acidentes em eventos seguro de evento
Imagem: FreePik/Reprodução

Neste panorama, a empresa ressalta a necessidade de uma busca por apólices conhecidas como all risks — que têm uma abrangência maior de proteção contra diversos tipos de ocorrências em equipamentos e estruturas; além da aquisição de seguros contra acidentes pessoais — estes envolvem riscos humanos, como pessoas que podem se ferir diante de algum sinistro.

“O setor amadureceu significativamente no período pós-pandemia, especialmente em relação à gestão de riscos. Hoje, os patrocinadores estão mais rigorosos e exigem garantias contratuais robustas, que incluem responsabilidade civil, proteção à marca e mitigação de danos”, comenta Ricardo Minc, Diretor de Esportes, Mídia e Entretenimento da Howden Brasil.

“Esse movimento impulsionou a busca por coberturas mais amplas e específicas, como proteção contra prejuízos financeiros e perda de lucro em casos de cancelamento, adiamento, relocação ou interrupção de eventos por força maior, inclusive em situações de não comparecimento de artistas ou palestrantes por motivo de acidente ou doença. Também há coberturas voltadas para riscos cada vez mais presentes na realidade dos eventos, como conteúdo de mídia, uso de veículos e drones, e prejuízos materiais ou corporais durante os processos de montagem e desmontagem.”

Ricardo Minc, Diretor de Esportes, Mídia e Entretenimento da Howden Brasil
Rafael Arbulu

Redator

Jornalista há (quase) 20 anos, passeando por editorias como entretenimento, tecnologia e negócios, sempre com um olhar crítico e praticamente nostálgico. Por toda a sua carreira, sempre buscou detalhar desde as tendências mais disruptivas do mercado até as curiosidades culturais que desafiam a lógica do "só porque é novo, é melhor". Fã de vinis, cervejas especiais e grandes sagas literárias, ele traz para os textos doses generosas de referências pop – mas sem esquecer que, no universo corporativo, até o lado B precisa fazer sentido.

Jornalista há (quase) 20 anos, passeando por editorias como entretenimento, tecnologia e negócios, sempre com um olhar crítico e praticamente nostálgico. Por toda a sua carreira, sempre buscou detalhar desde as tendências mais disruptivas do mercado até as curiosidades culturais que desafiam a lógica do "só porque é novo, é melhor". Fã de vinis, cervejas especiais e grandes sagas literárias, ele traz para os textos doses generosas de referências pop – mas sem esquecer que, no universo corporativo, até o lado B precisa fazer sentido.