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Como a aposta em brand experience fez da SHEIN uma das principais marcas do varejo nacional

Descubra como a SHEIN utiliza pop-ups, colaborações com artistas e ações digitais para criar experiências de marca marcantes e reforçar seu vínculo com o público brasileiro.

Fundada em outubro de 2008, a SHEIN construiu sua reputação como uma marca digital de alcance global, mas no Brasil vem explorando com sucesso o poder do contato presencial. Muito mais do que o marketplace digital pelo qual a marca se tornou conhecida, a loja de origem chinesa reconheceu as características mais pessoais do público brasileiro, e apostou em estratégias que refletem isso, gerando uma conexão direta e elevando-a a um dos principais nomes do varejo nacional.

Ao invés de ficar exclusivamente nas ofertas digitais e cupons de desconto, a SHEIN buscou ações presenciais, com lojas pop up e colaborações com influenciadores e artistas, gerando maior identificação e uma ampla adoção pelo público verde-amarelo.

O que a SHEIN faz de diferente em brand experience?

Créditos: Shein

O diferencial da SHEIN está na forma como ela combina conveniência e espetáculo. A cada cidade visitada, a marca leva não apenas seus produtos, mas também uma cenografia única e experiências adaptadas ao público local.

As pop-ups transformam áreas comuns de shoppings em verdadeiros cenários instagramáveis, com ambientação temática, promoções exclusivas e interações diretas. Já no ambiente digital, colaborações com artistas e celebridades de grande alcance — como Anitta e Luísa Sonza — conectam a marca às tendências culturais e ao calendário nacional.

Outro ponto central é o incentivo a talentos criativos por meio do programa de incubação Shein X, que insere designers e artistas brasileiros no catálogo global da marca. Assim, a SHEIN cria um ciclo virtuoso: oferece produtos, fomenta a criatividade e devolve ao público experiências de alto valor emocional.

Eventos e ações de brand activation da SHEIN

Quando falamos do crescimento da SHEIN no Brasil, não foi apenas uma menção: segundo o Instituto para Desenvolvimento do Varejo (IDV) cita um levantamento do BTG Pactual, que indica uma receita bruta de R$ 15 bilhões só no Brasil, enquanto outras fontes afirmam que a empresa tem intenção de que 85% de suas vendas locais sejam de produtos nacionalizados (CNN) — isso tudo após, em 2023, ela ter anunciado cerca de R$ 700 milhões em investimentos para ampliar parcerias com produtores e vendedores locais para a oferta de produtos com maior facilidade de compra, com menores taxas e aumento de presença de lojas brasileiras (InfoMoney).

O resultado disso é uma identificação imediata do público com a marca, que levaram a SHEIN ao uso de ações exclusivas e experiências distintas para gerar engajamento entre seus usuários.

Como a SHEIN utiliza eventos exclusivos para criar experiências únicas

A pop-up erguida em Goiânia, no Shopping Bougainville, é um exemplo claro dessa estratégia. Com mais de 700 m², o espaço foi ambientado com elementos urbanos e toques da flora local, criando um ambiente imersivo. Durante cinco dias, os visitantes encontraram mais de 13 mil peças em categorias que iam do vestuário feminino ao pet, além de descontos especiais e brindes exclusivos. A ação ainda contou com transmissão ao vivo, replicando no digital as ofertas do espaço físico.

Outras edições reforçam o caráter itinerante da marca. Em Salvador e Pernambuco, as lojas temporárias ganharam cenografias adaptadas ao contexto local. No Rio de Janeiro, a unidade de Jacarepaguá ofereceu mais de 16,5 mil peças, ampliando o mix e reforçando a presença da SHEIN em capitais estratégicas.

Ativações de marca: ações que geraram impacto duradouro

Roupas expostas em cabideiros na pop up da Shein em Goiânia

Apesar das ações físicas, a SHEIN não esqueceu suas origens no ambiente virtual. Não apenas mantendo-se em ações sazonais no app, a marca também cultivou relações com influenciadores e artistas, ampliando seu impacto e reconhecimento de marca.

O exemplo mais fácil de usar para ilustrar isso é a ação realizada com a cantora Luisa Sonza. A chamada “maior live da história” da marca contou com descontos bem amplos — da casa de 95%, em alguns casos — atraindo milhares de consumidores e reforçando a sua capacidade de conversão digital.

Outra ação de grande visibilidade foi a coleção de Carnaval com curadoria de Anitta. Produzida no Brasil, a linha conectou a marca à festa mais popular do país e trouxe produtos alinhados ao espírito do evento.

Já no campo do incentivo criativo, o Shein X destaca-se como plataforma de apoio a designers e artistas brasileiros, oferecendo suporte financeiro, comissões sobre vendas e acompanhamento técnico especializado para transformar ideias em produtos de sucesso.

Impacto das ações no público e na percepção da marca

Cada evento presencial cria uma oportunidade de aproximação genuína com o público. Ao experimentar os produtos, explorar a cenografia e interagir com ativações exclusivas, o consumidor vive a marca de maneira mais intensa e memorável.

A presença digital complementa essa experiência, permitindo que campanhas como a live com Luísa Sonza atinjam um público muito maior, mantendo o mesmo nível de engajamento. Programas como o Shein X fortalecem a imagem de uma marca que valoriza e investe na criatividade local, agregando propósito à sua estratégia comercial.

Loja pop-up da Shein em Pernambuco
Créditos: Divulgação

Perguntas Frequentes

Como a SHEIN transforma eventos em experiências de marca?

Por meio de pop-ups temáticas, colaborações culturais e integração entre ações físicas e digitais.

Quais são os principais objetivos das ativações da SHEIN?

Ampliar a proximidade com o público, fortalecer a identidade da marca e incentivar a moda autoral no Brasil.

Por que a SHEIN foca tanto em eventos ao vivo?

Porque permitem interação direta, geram conexão emocional e reforçam a lembrança da marca.

Rafael Arbulu

Redator

Jornalista há (quase) 20 anos, passeando por editorias como entretenimento, tecnologia e negócios, sempre com um olhar crítico e praticamente nostálgico. Por toda a sua carreira, sempre buscou detalhar desde as tendências mais disruptivas do mercado até as curiosidades culturais que desafiam a lógica do "só porque é novo, é melhor". Fã de vinis, cervejas especiais e grandes sagas literárias, ele traz para os textos doses generosas de referências pop – mas sem esquecer que, no universo corporativo, até o lado B precisa fazer sentido.

Jornalista há (quase) 20 anos, passeando por editorias como entretenimento, tecnologia e negócios, sempre com um olhar crítico e praticamente nostálgico. Por toda a sua carreira, sempre buscou detalhar desde as tendências mais disruptivas do mercado até as curiosidades culturais que desafiam a lógica do "só porque é novo, é melhor". Fã de vinis, cervejas especiais e grandes sagas literárias, ele traz para os textos doses generosas de referências pop – mas sem esquecer que, no universo corporativo, até o lado B precisa fazer sentido.