Pesquisa

Estudo do Reclame AQUI revela que 22% dos brasileiros caíram em golpes do Dia dos Pais

Ainda assim, 42% dos respondentes pretendem comprar presentes — uma alta em relação a 2024

O Reclame AQUI divulgou um novo estudo, voltado à intenção de compra de presentes de Dia dos Pais. A pesquisa foi conduzida entre entre 20 de junho e 7 de julho, envolvendo mais de 1,3 mil consumidores.

Segundo a pesquisa, 42% dos respondentes vão tirar proveito do Dia dos Pais para comprar presentes — um crescimento em relação ao mesmo período no ano passado. No entanto, 22% dos participantes afirmaram já terem caído em golpes quando realizaram compras pela internet.

Alta na intenção de compra é acompanhada por aumento no ticket médio, segundo estudo do Reclame AQUI

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Imagem: FreePik/Reprodução

A premissa dos golpes levanta um panorama sério de segurança digital, uma vez que os respondentes afirmaram diversos casos onde o contexto de compra acabou não sendo cumprido.

A maior parte dos respondentes do estudo do Reclame AQUI indicaram à plataforma que sofreram situações como atrasos de entrega (27% até receberam a compra, mas só depois da data comemorativa), mas também houve casos mais problemáticos: 16% tiveram pedidos não entregues, por exemplo.

“Essas datas especiais, como o Dia dos Pais, com destaque e relevância no varejo, sempre despertam iniciativas de pessoas mal-intencionadas no ambiente online, então todo cuidado é pouco”, alerta Edu Neves, CEO do Reclame AQUI. Ele ressalta ser arriscado “apostar em compras de alto valor em lojas das quais você consegue poucas informações” e recomenda desconfiar de “produto barato demais”.

Em suma, a pesquisa também tem um papel essencial na proteção digital do consumidor. É o que recomenda a plataforma, aliás, oferecendo ideias como a consulta por avaliações, nota e índice de solução, conhecer o preço médio de mercado para evitar ofertas muito abaixo do mercado e, também, realizar a compra com antecedência. “A dica de ouro sempre é: pesquise muito sobre a marca, preço, produto e loja antes de comprar e faça isso com antecedência. Assim, você evita o risco de ficar sem a mercadoria em uma data especial ou até de cair em golpes e sair no prejuízo, o que ninguém quer”, reforça Edu Neves.

Ainda assim, houve um aumento na intenção de compra de presentes de Dia dos Pais, segundo a pesquisa: ano passado, 50% dos entrevistados afirmaram que não presenteariam ninguém. Neste ano, 35% declaram não ter planos de compra e 23% ainda estão em dúvida.

Entre quem vai presentear, 51% pretendem gastar entre R$ 101 e R$ 300. Outros 33% planejam aumentar o valor gasto em relação a 2024, enquanto 46% devem manter o mesmo patamar de investimento. Na hora da escolha, 88% dos entrevistados priorizam a qualidade do produto, 63% consideram o preço e 26% levam em conta a reputação da marca ou da loja.

Quanto ao canal de compra, 58% dos consumidores devem recorrer ao comércio eletrônico — incluindo sites, marketplaces e redes sociais — e 42% devem optar por lojas físicas, sejam elas de bairro ou grandes redes. No quesito forma de pagamento, o parcelamento no cartão de crédito aparece como preferência de 44% dos entrevistados, seguido pelo PIX, com 31%.

Veja outros dados da pesquisa no gráfico abaixo:

Presentes mais procurados – Dia dos Pais 2025
Categoria % de preferência
Roupas e calçados 70%
Perfumes e cosméticos 21%
Ferramentas e utensílios domésticos 12%
Acessórios (carteiras, colares etc.) 11%
Itens esportivos 10%
Formas de comemoração – Dia dos Pais 2025
Tipo de comemoração % dos entrevistados
Reunião em casa com a família 56%
Almoço ou jantar fora (restaurantes, delivery etc.) 24%
Rafael Arbulu

Redator

Jornalista há (quase) 20 anos, passeando por editorias como entretenimento, tecnologia e negócios, sempre com um olhar crítico e praticamente nostálgico. Por toda a sua carreira, sempre buscou detalhar desde as tendências mais disruptivas do mercado até as curiosidades culturais que desafiam a lógica do "só porque é novo, é melhor". Fã de vinis, cervejas especiais e grandes sagas literárias, ele traz para os textos doses generosas de referências pop – mas sem esquecer que, no universo corporativo, até o lado B precisa fazer sentido.

Jornalista há (quase) 20 anos, passeando por editorias como entretenimento, tecnologia e negócios, sempre com um olhar crítico e praticamente nostálgico. Por toda a sua carreira, sempre buscou detalhar desde as tendências mais disruptivas do mercado até as curiosidades culturais que desafiam a lógica do "só porque é novo, é melhor". Fã de vinis, cervejas especiais e grandes sagas literárias, ele traz para os textos doses generosas de referências pop – mas sem esquecer que, no universo corporativo, até o lado B precisa fazer sentido.