Novo episódio

Na escuta: criando experiências atemporais e mundos mágicos com tecnologia

Bruna Junqueira, Fundadora e CEO da Maze FX, relembra o desenvolvimento de parques temáticos e fala sobre tendências de mercado

Estamos acostumados em falar de experiências de marcas que acontecem pontualmente, seja em festivais, eventos, ou até mesmo pop-ups que ficam por alguns dias e são desmontadas. Mas como aquelas que precisam resistir ao tempo são construídas?

Para responder essa e outras perguntas, o novo episódio do Na Escuta recebeu Bruna Junqueira, Fundadora e CEO da Maze FX nos estúdios da MAXI. A profissional conversou com Cindy Feijó, CEO do Promoview, sobre a criação de parques temáticos e outras experiências mágicas no mundo por meio da tecnologia.

Bruna Junqueira, CEO da Maze FX, fala sobre experiências atemporais

Criando conteúdos atemporais

A chave para experiências que trazem impacto efetivo no público é o storytelling e quando falamos em ações duradouras, como os Parque Temáticos, a premissa não é diferente, como explica Bruna:

“O conteúdo precisa ser bem feito, no sentido de poder ser renderizado e da entrega final. O conceito de algo ser atemporal é que a história pode funcionar tanto para mim, quanto para mim quanto para minha filha ou meu pai. Então o storytelling tem que ser muito forte nesse sentido, além de bem amarrado (…) A maneira que a história é contada, se você ver daqui dez anos, ainda vai ser legal”.

Agora, quando não existe uma história por trás para servir de inspiração, como no caso dos parques temáticos que são baseados nas narrativas dos filmes, o ponto a ser fortalecido é o do pré-show e das ações já na fila que trazem uma carga emocional, como acontece no Phantasialand, parque temático alemão. “Você vivencia o storytelling na pele. Então é assim que eu gosto de trabalhar. Hoje no Brasil o custo de estar atrelado a um filme é muito elevado, então existe muita criação de novos personagens”, relembra a CEO da Maze FX.

Tipos de público

Além de criar diferentes atrações para diferentes tipos de público, a Maze FX também trabalha em experiências que funcionem para a família inteira, independente da faixa etária. “A gente vai nos parques para sair do nosso dia a dia e ir para um universo paralelo cheio de fantasia. Tem uma tendência dos pais quererem brincar ainda mais que os filhos, então está sendo bem legal ver esse movimento”, conta a profissional.

Dessa forma, o impacto é ter aparelhos que comportem pesos variados e uma linguagem que seja entendida e apreciada por todas as idades.

Tendências de mercado

Por a empresa ser forte dentro do mercado dos parques, Bruna Junqueira observou o crescente interesse das contratantes em levar esse mundo mágico para dentro dos eventos corporativos, com atrações temáticas e experiências lúdicas.

“A gente vem atuando nos eventos corporativos no sentido de trazer essa emoção que a gente sente nos parque para dentro dos vídeos de apresentações, sem perder a essência da marca. E isso também acontece nas feiras. A ExpoSeg procurou a gente por causa dos parques para fazermos uma entrada diferente. Então hoje, os eventos corporativos estão procurando um pouco dessa essência de não ser ‘mais do mesmo'”, diz.

Pensando nos recursos em alta, a Maze FX busca trabalhar com coisas analógicas dentro das atrações e focar menos em grandes custos. Dessa forma, a tendência pode ser considerada o ato de combinar ferramentas para que a tecnologia quase não apareça, mesmo sendo o fator principal da ativação.

“Em 2020, eu percebi que a gente sendo só artistas visuais ou de áudio não ia funcionar. Hoje a Maze tem a parte visual e de arquitetura, então a gente já pensa na atração e na cenografia desde o começo. Em um dos nossos projetos o público não conseguia diferenciar o que era cenografia do que era conteúdo”, comenta Bruna.

Beatriz Maxima

Repórter

Jornalista com ampla experiência em produção de conteúdo, cobertura de eventos e gestão de canais digitais. Formada em Jornalismo pela Unesp, é pós-graduanda em Jornalismo Cultural e de Entretenimento.

Jornalista com ampla experiência em produção de conteúdo, cobertura de eventos e gestão de canais digitais. Formada em Jornalismo pela Unesp, é pós-graduanda em Jornalismo Cultural e de Entretenimento.