O Monitor Empresarial de Reputação Corporativa (Merco) divulgou a edição mais recente do seu ranking de Merco ESG, listando as 100 empresas com maior preocupação em ações de governança ambiental, social e corporativa — o popular “ESG”.
De acordo com o novo estudo, a Natura lidera o setor pelo 11º ano consecutivo, seguida pelo Grupo Boticário em 2º lugar e Ambev em 3º. O estudo reforça a importância de práticas ambientais, sociais e de governança para a sustentabilidade corporativa, e envolveu 15.346 entrevistas com 565 executivos de empresas com faturamento acima de R$ 200 milhões e diversos públicos.
O ESG como prioridade para as empresas
No 11º Ranking Merco de Responsabilidade ESG, a Natura se consolidou como referência em sustentabilidade, mantendo o topo pelo décimo primeiro ano seguido. Em seguida, aparecem Grupo Boticário (2º) e Ambev (3º), demonstrando que investir em práticas ambientais, sociais e de governança gera ganhos reputacionais e competitividade no mercado brasileiro.
Ao todo, o levantamento foi dividido em três fases. A primeira envolveu 565 executivos de empresas com faturamento acima R$ 200 milhões, e elegeu as cinco organizações mais responsáveis em cada dimensão do ESG.
Em seguida, vieram as entrevistas com especialistas no tema, o que incluiu analistas financeiros, ONGs, sindicatos, associações de consumidores, jornalistas, governo e gestores digitais.
Somente após isso é que o estudo de ESG do Merco analisou a percepção da população dentro de três pilares: Merco Sociedade (para a coleta de dados em pesquisas diretas); Merco Digital (para análise de reputação online) e Merco Talento (indicadores objetivos de mérito).
Principais empresas no Ranking Geral ESG 2024
Com base em toda essa metodologia, o Merco foi capaz de estabelecer um ranking geral de empresas que consolidaram seus esforços sustentáveis em práticas vanguardistas, reafirmando a necessidade do ESG como prática constante nas ações das companhias.
Assim, o ranking primário foi o seguinte:
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- 1º Natura (Cosméticos e Perfumaria)
- 2º Grupo Boticário (Cosméticos e Perfumaria)
- 3º Ambev (Bebidas)
- 4º Mercado Livre (Comércio Eletrônico)
- 5º Nestlé (Alimentos)
- 6º Magazine Luiza (Varejo)
- 7º Toyota (Indústria Automotiva)
- 8º Unilever (Bens de Consumo)
- 9º Google (Indústria Digital)
- 10º Johnson & Johnson (Bens de Consumo)
De acordo com Lylian Brandão, CEO da Merco no Brasil, em um mundo onde os desafios socioambientais estão diretamente ligados à sobrevivência dos negócios, o ESG tornou-se um dos principais indicadores de sucesso e sustentabilidade empresarial. “Hoje, as questões relacionadas ao ESG não são apenas uma tendência, mas uma necessidade estratégica”, destaca.
“As empresas precisam alinhar suas operações aos princípios de sustentabilidade, ética e impacto social, pois isso reflete diretamente na confiança dos consumidores, colaboradores e investidores.”
Lylian Brandão, CEO do Monitor Empresarial de Reputação Corporativa (Merco)
Ações em ESG por eixo de impacto
Um detalhe interessante, que expande o escopo do ranking do Merco, é a avaliação de impacto em ESG dentro de três pilares — as letras que compõem a sigla.
Tanto no ranking geral como nesta versão mais detalhada, um ponto que Lylian Brandão ressaltou foi a variação de indústrias de atuação das empresas ranqueadas, indo desde cosméticos e bens de consumo até bebidas, alimentos e varejo.
“Notamos uma grande diversidade setorial no Top 10, com presença de empresas de bebidas, comércio eletrônico, indústria digital, indústria automotiva, alimentos, varejo e bens de consumo. Contudo, entre os setores mais bem representados, continua em destaque Cosméticos e Perfumaria, com o líder e vice-líder do ranking”, avalia a CEO.
- Meio Ambiente (E): Natura; Grupo Boticário; Nestlé; Ambev; Johnson & Johnson
- Social (S): Natura; Grupo Boticário; Magazine Luiza; Mercado Livre; Ambev
- Governança (G): Natura; Toyota; Ambev; Grupo Boticário; Johnson & Johnson
O estudo completo já está disponível no site do Merco.
Redator
Jornalista há (quase) 20 anos, passeando por editorias como entretenimento, tecnologia e negócios, sempre com um olhar crítico e praticamente nostálgico. Por toda a sua carreira, sempre buscou detalhar desde as tendências mais disruptivas do mercado até as curiosidades culturais que desafiam a lógica do "só porque é novo, é melhor". Fã de vinis, cervejas especiais e grandes sagas literárias, ele traz para os textos doses generosas de referências pop – mas sem esquecer que, no universo corporativo, até o lado B precisa fazer sentido.
