
Até os patrocinadores da Seleção Brasileira estão sendo barrados pela comissão técnica de Dunga. Tendo investido mais de R$ 200 milhões em 2010 na Confederação Brasileira de Futebol (CBF), os anunciantes oficiais sofrem como torcedores com a blindagem que protege os jogadores dos assédios.
Sábado (22/05), a Nestlé, uma das patrocinadoras, tentou colocar um fotógrafo dentro do CT do Atlético-PR para mostrar os produtos da empresa sendo consumidos pelos jogadores, mas foi impedida.
Outras duas patrocinadoras do time, Gillette e Vivo, também contrataram equipes de TV e fotógrafos para se colocarem no dia a dia da Seleção. A Gillette, “credenciada pela Fifa e CBF”, afirmou “que irá à Copa do Mundo e terá total acesso à Seleção e aos bastidores”.
Já a Vivo tem uma equipe de TV contratada há alguns anos para fornecer conteúdo exclusivo para seus clientes, e essa cobertura irá aumentar durante a Copa do Mundo. A empresa, no entanto, diz não acreditar que terá algum privilégio no acesso ao elenco por ser patrocinadora da CBF.
Em 2009, a Nike também não conseguiu entrar na intimidade dos jogadores durante um amistoso disputado na Eslovênia. A empresa, que contratou um famoso fotógrafo italiano para a cobertura, esperava ter acesso inclusive ao vestiário, mas a comissão de Dunga vetou.
Segundo a assessoria de imprensa da CBF, nenhum patrocinador terá acesso aos bastidores durante a preparação em Curitiba, onde o time permanece até quarta-feira (26/05). A Confederação informa também que as únicas fotos a que os patrocinadores terão direito são as que forem disponibilizadas pela equipe da entidade no site da CBF. A única pessoa com poder para mudar essas regras é o presidente do órgão, Ricardo Teixeira.
Fonte: Folha de S. Paulo.