Flotilha da mais difícil competição náutica do planeta já singra os mares do Oceano Índico rumo ao Oriente Médio. Zona de exclusão marítima recebe atenção dos organizadores pelo alto índice de ataques piratas às embarcações.
As seis embarcações que disputam a Volvo Ocean Race serão protegidas por guardas armados quando estiverem navegando ao longo de uma rota secreta até os Emirados Árabes Unidos, como parte de um plano inédito contra pirataria, disseram os organizadores na largada da prova na manhã do dia 11/12.
A segunda parte da corrida, afetada por uma série de desistências na primeira parte, levará a frota da Cidade do Cabo até Abu Dhabi mas, por causa da crescente ameaça de pirataria no Oceano Índico, não poderá navegar todo o caminho.
Em vez disso, os barcos serão transportados, sem os marinheiros a bordo, em um navio de carga de um porto não relevado no Oceano Índico para Sharjah, nos Emirados Árabes Unidos. De lá, os barcos farão um corrida curta para a linha de chegada da parte dois, em Abu Dhabi.
O navio será um alvo considerável, com seis iates de corrida no valor de cerca de 100 milhões de dólares (R$ 180 milhões) em termos de projeto e custos de construção, mas de valor incalculável para os organizadores.
O CEO da corrida, Knut Frostad, disse que as medidas tomadas eram únicas no esporte. “Foi uma decisão muito difícil, mas nos aconselhamos a cada passo e no fim ficamos convencidos de que não tínhamos escolha,” disse Frostad à Reuters na quinta-feira (08/12). “Estamos fazendo o possível para minimizar os riscos para as equipes.”
No caminho para o “porto seguro,” uma ampla zona de exclusão vai garantir que os barcos sejam guiados para longe das águas infestadas de piratas, que operam em uma vasta área na costa da Somália.
Os organizadores não vão revelar o nome do porto seguro, mesmo depois que os barcos saírem dele, já que podem ter que optar para voltar para este porto na parte três da prova, que vai seguir uma rota similar antes que os barcos continuem navegando para Sanya, na China.
A flotilha partiu ontem (11/12) para a segunda perna da regata que vai percorrer 72.000 km ao redor do mundo. Este segundo trecho teve largada na cidade do Cabo e vai até Abu Dabhi no Oriente Médio com um percurso de 10.600 km.