Experiência de Marca

Usuários de bike ganham descontos em bares de SP

Em alguns estabelecimentos os ciclistas ganham suco natural e uma garrafinha de água gelada. Se quiser outra coisa, sem problema: no Bar Pirajá, quem chega em duas rodas é recepcionado com um copo de mate.

As pessoas pedalam por diferentes motivos – seja para relaxar, perder alguns quilos ou aliviar o estresse. Mas, agora, os ciclistas de São Paulo ganharam uma razão para trocar o carro pela bicicleta: os estabelecimentos gastronômicos oferecem brindes e descontos para quem chega pedalando.

Em Pinheiros, na Zona Oeste, há vários locais que oferecem o serviço. Só no entorno da Avenida Brigadeiro Faria Lima, em ruas como Ferreira de Araújo e Padre Carvalho, há quatro locais (equipados com paraciclo) para parar a bicicleta.

Nos dias quentes, as opções podem ser o restaurante Chácara Santa Cecília e a doceria Bolo à Toa. Nesses dois, os ciclistas ganham suco natural e uma garrafinha de água gelada. Se não for muito fã de suco, sem problema: no Bar Pirajá, quem chega em duas rodas é recepcionado com um copo de mate.

Negócio

Os paraciclos desses estabelecimentos têm algo em comum. Foram instalados por uma empresa especializada em fomentar serviços para ciclistas, a Ciclomídia. Cada uma das estruturas de metal destinadas às ‘magrelas’ e instaladas na faixa de serviço da calçada – a mesma onde há ‘orelhões’ e postes – custa R$ 350,00, pagos pelos donos dos bares e restaurantes.

“Muito comerciante não percebeu que os ciclistas são bons consumidores. Fazer essas ações de marketing promocional, além de oferecer um lugar para deixar a bicicleta, ajuda a cativá-los”, explica o empresário Eduardo Grigoletto, de 40 anos de idade, dono da marca.

Ele garante que os paraciclos no passeio público são permitidos, já que integram o mobiliário urbano. Os participantes recebem uma placa de bike point, ou seja, amigável para quem anda de bicicleta.

O bistrô Le Repas, em Pinheiros, montou um paraciclo em novembro do ano passado. Cliente do local, a sommelier Karen Ferrari, de 34 anos de idade, ganha uma salada de folhas frescas toda vez em que chega lá de bike. “Já tinha visto isso em Paris e Amsterdã.” A psicóloga Renata Barros, de 34 anos de idade, também aderiu à ideia. “Só à noite venho de carro, porque é mais seguro.”

O músico Amoy Ribas, de 32 anos de idade, costuma ir à creperia Central das Artes, em Perdizes, na Zona Oeste, que dá 10% de desconto para ciclistas. “Óbvio que a melhor coisa para quem anda de bike é uma cidade com vias adequadas, mas creio que iniciativas assim ajudam a incentivar o uso e o respeito pela bicicleta”.