Inspirada nas recentes manifestações que tomaram as ruas das grandes cidades, a programação da 59ª Feira do Livro de Porto Alegre foi lançada, no dia 29/10, com o tema “Ler é Poder”.
Personagens como Sigmund Freud, John Lennon e Steve Jobs fazem parte da ação de marketing promocional do evento, que tem a intenção de aproximar-se do público jovem, cada vez mais atento às transformações sociais.
Mesmo com tal intenção manifesta, a área infantil e juvenil sofreu uma redução significativa devido às obras de revitalização do Cais do Porto. Das 29 bancas do ano passado, somente dez estarão disponíveis para a venda de livros, localizadas na Avenida Sepúlveda, onde, em feiras anteriores, estava situada a Praça de Alimentação.
Também ficarão no mesmo local espaços como o Teatro Sancho Pança, o Centro Cultural Móvel do Sesi, o QG dos Pitocos, a Biblioteca Moacyr Scliar e a Estação da Acessibilidade, antes instalados no cais. As atividades para professores e mediadores de leitura ficarão concentradas na livraria Paulinas e Faculdade Monteiro Lobato, ambas na Rua dos Andradas e no Santander Cultural.
“Vamos atender toda a demanda. Estamos criando mais atividades, pois as existentes estão praticamente lotadas. Nosso objetivo é a formação de leitores de literatura e a qualificação dos mediadores de leitura” avalia Sônia Zanchetta, coordenadora da área infantil e juvenil da feira.
Durante os dias 01 e 17/11, crianças e jovens poderão participar de 293 atividades. Na área adulta serão mais de 700 sessões de autógrafos, 156 eventos em salas (mesas-redondas, palestras, seminários), 31 oficinas ligadas ao livro e à criação literária, 31 eventos artísticos e culturais e a presença da literatura internacional.
Autores como José Francisco Viegas (Portugal), Guadalupe Nettel (México), Alexis Aubenque (França), Sean Branney (USA), Gustavo Nielsen e Frederico Andahazi (Argentina) participarão dessa edição que tem a Alemanha como país homenageado.
Autores convidados, estrangeiros e locais, vão passar uma noite na Biblioteca Pública e, no dia seguinte, apresentar uma história de horror. A atividade recria o sarau na casa de Byron que deu origem ao clássico Frankenstein, de Mary Shelley.
