O evento Sit Club (Clube de sentar, em tradução literal) viralizou na cidade de São Francisco, nos Estados Unidos, ao propor uma nova forma de socialização. A proposta foi simples: reunir pessoas para celebrar a arte de ficar sentado. Realizado no Hellman Hollow, dentro do Golden Gate Park, o encontro atraiu mais de 150 pessoas por meio de convites espalhados pela cidade que chamavam os moradores para sentar, conversar a curtir o momento.

O local ficou cheio de sofás, banquetas, almofadas e cadeiras infláveis levadas por grupos que transformaram o evento em um lounge ao ar livre. Antes de se acomodarem, os participantes fizeram alongamentos leves, como agachamentos e rotações de quadril. Em seguida, uma partida de dança das cadeiras animou o encontro, que também incluiu origamis, música ao vivo e karaokê.
“Nós pegamos o melhor de um grupo de corrida — conhecer pessoas — e tiramos a pior parte: correr”, brinca Mackenzie Sharp, que criou o evento junto de Danielle Egan como uma piada entre amigas.
Mais do que uma piada
Para alguns, o Sit Club foi uma resposta bem-humorada à obsessão contemporânea por produtividade e performance. “É um protesto contra os grupos de corrida”, disse o frequentador Oxama Arafeh.
Danielle Egan e Mackenzie Sharp têm um histórico de criar eventos inusitados com um propósito claro: promover conexões reais. No ano passado, elas organizaram a Alextravaganza, uma festa para reunir pessoas chamadas Alex. A ideia do Sit Club nasceu do mesmo desejo: resgatar a espontaneidade das relações em um mundo onde tudo parece ter que ter utilidade.
“Vivemos em uma sociedade onde tudo o que fazemos precisa gerar lucro, virar portfólio ou ser postado no LinkedIn”, refletiu Danielle. “Mas há algo libertador em fazer algo que é totalmente inútil, sem nenhum objetivo além de nos fazer felizes no presente.”
*Com informações de The San Francisco Standard