Depois que as companhias do setor ofereceram um volume de leitos cerca de 15% inferior na temporada 2012/2013, a queda deve se aprofundar em 17% em 2013/2014, segundo a Associação Brasileira de Cruzeiros Marítimos (Abremar).
“O Brasil tem recebido marcas de qualidade e cresceu muito nos últimos anos, mas agora está andando para trás”, diz Ricardo Amaral, presidente da Associação.
Apesar da grande demanda, os altos custos de operação e os impostos praticados no País fazem com que os roteiros estrangeiros sejam mais interessantes para as empresas: os roteiros para Buenos Aires cresceram 27% na temporada atual.
Além disso, o custo para a circulação dos cruzeiros no Brasil ainda pode ficar até 35% mais caro para as operadoras, segundo as estimativas de Amaral. “Isso pode ser transmitido ao cliente. Se o custo é elevado, acaba passando para o preço”, afirma.
Para o presidente da Associação, “Todos perdem. A geração de emprego cai e a movimentação da economia nas escalas também”. Enquanto o mercado brasileiro perde competitividade, o setor procura outros destinos na Ásia, na Austrália e no Caribe.