Experiência de Marca

Se correr, o bicho pega. Se concorrer, o bicho come. E aí?

Esse mercado da gente anda dando mole mesmo pra comediante <em>stand up</em>. Qualquer dia desses, a gente passa o Planalto e o Congresso em matéria de insumo de absurdos para fazer rir.

Sabe de uma coisa, que se dane! Esse mercado da gente anda dando mole mesmo pra comediante stand up. Qualquer dia desses, a gente passa o Planalto e o Congresso em matéria de insumo de absurdos para fazer rir.

Hoje, vou falar das concorrências. Caraca, caiu uma aqui na agência. Quem tem Rivotril aí? Amônia?

É que esse nome, virou nome feio, pior, coisa feia. Quem tem participado de concorrência por aí sabe muito bem dos absurdos que acontecem. Há barbaridades feitas em nome da “lisura”, “transparência” e da “competitividade”. A questão é saber quais os significados que os tais donos das concorrências dão para essas palavras.

Depois de quase dez anos participando delas, entendi, finalmente (e eu achava que era esperto, hein!), porque têm agências que se recusam a PARTICIPAR DE CONCORRÊNCIAS, em especial as feitas por algumas já famosas empresas do mercado.

Brincadeiras como: chamar 9, 10 agências para uma concorrência (tô querendo rir, hein!), marcar apresentação das concorrentes para dias diferentes, depois de outras agências sem explicar porque a Agência “X” é a última na sexta e a sua, a primeira, na segunda (Tô quase rindo), colocar meninas e meninos de 20 a 24 anos de idade, recém saídos dos MBAs, para avaliarem coisas que eles não têm a menor ideia do que sejam, sem que eles consigam explicar porque o budget é tão pequeno (ai, tô começando a rir da cara deles querendo entender o que é budget), esconder o nome das agências participantes por ética??? (o quê? Ética? Tô rindo, tô rindo), não dar o resultado no dia marcado, não informar o porquê do adiamento e ainda ficar fulo quando você liga para cobrar (KKKKKKKKKK. Ai, ai, minha barriga…), dizer que você perdeu pra um projeto melhor, de uma agência que nem estava na lista das participantes, sem dizer porque o seu foi pior e, pior, esconder o nome do ganhador, por ética, que todo mundo vai saber …. ( não dá mais pra escrever… tô morrendo de rir…).

E o palhaço quem é? É o ladrão de mulher.

Chega! Hoje só existem quatro tipos de concorrências: As VERDADEIRAS – raras – que adotam, por exemplo o Manual de Boas Práticas da Ampro que diz tudo que se deve fazer para se ter uma concorrência realmente ética e transparente; as PSEUDOS, que são aquelas feitas para sancionar uma Agência que o cliente quer que continue fazendo seus trabalhos, mas não tem coragem ou condição de contratar por um ou dois anos, o que seria natural, e chamam duas ou três “Agências BUCHAS” para validarem o resultado; as BURRAS que são aquelas feitas sem critérios claros, por gente desqualificada que nem briefing sabe escrever, cujos critérios de escolha são absolutamente subjetivos e, não raro, tem como vencedora quem oferece desconto ou precinho, independente de ter acertado ou não tecnicamente; por fim, as VICIADAS ou… bom, melhor não falar o nome real dessas, que são aquelas que todo mundo sabe antes de ela acontecer quem vai ganhar, não adianta critério, caixinha, lacre, bolinha, quarto escuro, o capeta (Deus me livre), só dá aquela…

Desrespeito, desconsideração, humilhação, empáfia, descritério são bem as palavras que podem definir o que se faz com agências e profissionais que pagam caro (sim pagam) para entrar nessas concorrências.

Alguns, por total falta de opção, outros por acreditarem na conversa de inescrupulosas pessoas que dizem “Vem, entra, vou te dar uma chance, tô doido pra tirar fulano…”. Mas que, na verdade, fazem isso porque é cada vez maior o número daqueles que DECLINAM de suas concorrências por já terem caído no seu “canto das sereias”.

Mas fazer o quê, Promocitários do meu Brasil, se tem gente que ainda acha que ganha duas vezes nessas concorrências, esquecendo do trecho da canção do Emílio Santiago: “Se ela faz com ele, vai fazer comigo…”

Enquanto isso, lá vem o bicho. Mais um convite pra concorrência na caixa de e-mail… E, se correr, o bicho pega…