Repetindo a estratégia usada com Paris Hilton, primeira representante da marca Devassa, a empresa opta por não repetir a mesma celebridade no posto durante dois anos seguidos. Sendo assim, o contrato da cantora Sandy como embaixadora da cerveja, não será renovado.
Sandy fechou contrato para se tornar “devassa” em março deste ano, e já não vinha sendo usada mais em grande parte das campanhas da marca. Não há informações, até o momento, sobre a próxima protagonista das campanhas da Devassa.
A escolha de Sandy como embaixadora da Devassa, por si, gerou muita polêmica, já que a figura da cantora nunca esteve publicamente relacionada à ousadia e sensualidade, ao contrário da antecessora Paris Hilton.
O assunto, que já era destaque nas redes sociais, explodiu de vez quando surgiu na imprensa uma entrevista de alguns meses atrás, na qual a cantora declarou não gostar de cerveja.
Muitos foram a favor e outros tantos criticaram a campanha, mas é impossível negar que o assunto foi exaustivamente discutido, desde a mesa do bar às principais redes sociais.
Evidentemente a Sandy não possui características de heavy user do produto, mas talvez essa tenha sido a intenção da Schin para atingir um número maior de perfis. Porém, o que pode ter arranhado a escolha da personagem foi a declaração polêmica da cantora em relação ao gosto da cerveja meses antes.
Um embaixador de marca que não conhece o produto é nocivo para a credibilidade da peça e enfraquece o argumento da propaganda. A política do “fale bem, falem mal, mas falem de mim” nem sempre é infalível, entretanto, somente a Schin pode mensurar o real impacto da campanha para as vendas.
Essa não é a primeira campanha da Devassa que gera polêmica. A de lançamento, que custou R$ 100 milhões e que teve a socialite norte-americana Paris Hilton como estrela foi suspendida pelo Conar (Conselho de Autorregulamentação Publicitária), após denúncias de “eventuais apelos à sensualidade”.
Com a assinatura “Bem Devassa”, a campanha contava com dois filmes, de 30 e 60 segundos, nos quais Paris dançava sensualmente. Ao final de 2010, a Schin divulgou um balanço positivo da marca.
“Temos quase 35 mil PDVs com o produto no Rio de Janeiro e em São Paulo. Entramos em pontos onde a Nova Schin não entrava”, disse Adriano Schincariol, na ocasião, presidente da empresa.