Os benefícios à saúde humana promovidos pelo café estarão em discussão no 14° Simpósio Nacional do Agronegócio Café – Agrocafé 2013, a ser realizado de 11 a 13/03, no Hotel Bahia Othon Palace, em Salvador (BA).
O evento trará à capital baiana o diretor da Unidade Coronariana do Instituto do Coração – InCor, Luís Antônio Machado César, e a pesquisadora da Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ, Adriana Farah, que farão parte do painel de abertura “Café, um Estímulo Para a Vida”, coordenado pelo cardiologista baiano Maurício Nunes. Os estudos na área têm apoio e parceria do Consórcio Pesquisa Café, cujo programa de pesquisa é coordenado pela Embrapa Café.
“O café é um energético seguro e natural que pode e deve ser consumido diariamente, inclusive por crianças e jovens em idade escolar. Pesquisas comprovam propriedades que fazem do café um alimento funcional: antioxidante, revigorante, bom para o intelecto e para o coração”, afirma João Lopes Araújo, presidente da Associação de Produtores de Café da Bahia – Assocafé.
Café e Antioxidantes
Segundo Adriana Farah, os antioxidantes interferem no organismo, tendo ação preventiva na hipertensão e diabetes. Além disso, a forma como o café é feito e o tipo de torra influenciam diretamente na conservação desses componentes na bebida. Os cafés de torra mais clara são os que mais conservam antioxidantes. Entre propriedades adicionais encontradas, Adriana cita ainda ação antibacteriana, antidesmineralizante, a regulação glicêmica, ação no controle do peso, antiviral e imuno-estimulante.
Café e Coração
Apresentada pelo médico Luiz Antonio Machado Cesar, do Instituto do Coração (InCor) do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo – USP, a pesquisa vem avaliando os efeitos do café sobre variáveis que envolvem o sistema cardiovascular. Segundo o médico, considerando os estudos realizados até hoje, não há evidências de que o café seja ruim para pessoas com problemas no coração.
Os estudos são desenvolvidos há quatro anos na Unidade Café e Coração, instalada no InCor, por meio de parceria com o Consórcio Pesquisa Café. A pesquisa analisou o comportamento de mais de cem pessoas durante diferentes baterias de exames feitas periodicamente após um período de consumo do café (três a quatro xícaras grandes de café ao dia).
Os tipos de torra também eram alteradas a cada período. O resultado parcial, já apresentado em congressos nacionais e internacionais, não mostrou alteração que poderia trazer malefício a doentes coronarianos. “Não houve interferência na glicemia, nem houve taquicardia ou arritmia de nenhum voluntário”, diz Cesar.