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Campanha da Nissin é criticada no Japão

Marca criou um anime que tem como um dos personagens Naomi Okasa, filha de pai haitiano.

Marca criou um anime que tem como um dos personagens Naomi Okasa, filha de pai haitiano.

Prato cheio para as marcas, Naomi Osaka se tornou em 2018 a primeira tenista japonesa a ganhar um torneio de Grand Slam de simples, ao derrotar a estrela americana Serena Willians na final do US Open.

As principais novidades do universo da propaganda estão aqui.

Sua popularidade no país oriental está tão em alta que a Nissin, fabricante de macarrão instantâneo, produziu um anime que tem a atleta como um dos protagonistas.

Tudo perfeito até aí, se o público não percebesse uma escorregada da marca na representação da tenista.

Filha de pai haitiano e mãe japonesa, Naomi foi criada no desenho com a pele bem mais clara que na vida real, o que causou o desconforto do público e da atleta, gerando incontáveis críticas.

Obrigada a se retratar, por meio de nota a companhia informou que não pretendia “branquear” a atleta. “Aceitamos que não somos suficientemente sensíveis e prestaremos mais atenção a questões de diversidade no futuro.”

O cartoon foi desenhado pelo artista Takeshi Konomi, famoso no Japão por ser o criador do mangá “Príncipe do tênis”. O embaraço se torna maior ainda porque Naomi é uma figura extremamente querida pelos “hafus”, como são conhecidos os japoneses mestiços, que enfrentam problemas de aceitação no país e veem na tenista um exemplo de luta, resistência e superação.

Questionada por um jornalista sobre o assunto, Naomi respondeu: “Eu sou mais bronzeada, e isso é óbvio”.