De acordo com dados do Observatório da Mulher Contra a Violência, o número de mulheres que já sofreram violência doméstica é, pelo menos, cinco vezes maior do que o número de mulheres que assumem isso.
Tal fato se deve, principalmente, porque muitas não reconhecem como violência doméstica situações vivenciadas em seus relacionamentos, como o abuso psicológico.
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Para iluminar esses sinais, a AKQA Casa, a produtora Stink Films, a consultoria Think Eva, o artista Pegge, a poeta Luz Ribeiro e as ONGs Casa Vivi e Casa Anastácia se uniram para criar o movimento Luz Azul, que convida a sociedade para um debate mais profundo sobre a violência doméstica.

O espaço destinado para essa conversa é a plataforma de conteúdo no Instagram @movimentoluzazul, que convida a sociedade para um debate mais informado sobre a real amplitude da violência doméstica.
Criado com o duplo objetivo de informar sobre o problema e sugerir ações práticas para combatê-lo, o hub tem o apoio de parceiros institucionais com trajetória reconhecida no estudo e combate à violência contra a mulher, como a consultoria Think Eva e a Avib, organização que gerencia a Casa Viviane e a Casa Anastácia.
O projeto trabalha em duas frentes: Reúne conteúdos que auxiliam mulheres a buscarem ajuda o quanto antes, mas também para capacitar aliados a prestarem um suporte qualificado.
Além das informações sobre o movimento em si, o perfil apresenta orientações para identificar sinais menos visíveis de violência doméstica e a importância da consolidação de uma rede de apoio composta por familiares, amigas e por instituições especializadas, – como os Centros de Referência da Mulher.
O movimento também levantará fundos para casas de acolhimento e apoio a mulheres vítimas de violência doméstica. Ou seja, espaços que oferecem atendimento psicossocial, orientação e encaminhamento jurídico para superar a situação de violência, seja ela física, psicológica ou sexual.
O movimento tem início com o lançamento do curta “A Luz Azul”, dirigido por Douglas Bernardt e produzido pela da Stink Films.
O filme é feito com telas pintadas à mão pelo artista plástico Pegge e tem locução da poeta e slammer Luz Ribeiro, que trouxe a sua vivência pessoal para a narrativa do curta.
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Vale lembrar que a violência contra a mulher no Brasil foi escancarada durante a pandemia de Covid-19.
Dados do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos apontam um aumento de 40% no número de denúncias em todo o país em abril em comparação a 2019.
Já um levantamento do Fórum Brasileiro de Segurança Pública em parceria com a empresa Decode, feito a pedido do Banco Mundial, revela um aumento de 431% em relatos de brigas de casal por vizinhos em redes sociais entre fevereiro e abril.