Experiência de Marca

Por que as agências crescem... ou não?

Lá se foi o tempo em que abrir uma agência envolvia profissionais com<em> expertise</em> e investimento com base num mercado competitivo.

Fazendo uma análise das agências live, me deparei com questionamentos: Quantas cresceram ao longo do tempo? Quantas nasceram grandes? Quantas existem de fato? Quantas subsistem? Quantas são reais? E quantas vão estar vivas daqui a dois anos?

Num mercado em que qualquer um abre uma agência as perguntas são pertinentes.

Há quem as abra por conta de um amigo que trabalha no cliente X e que será o carro-chefe da nova agência, há aquelas que são criadas pelo cara que sai do cliente, se demite com a estranha “missão” de abrir uma nova Agência que, surpreendentemente, vai ganhar todas as concorrências da empresa da qual saiu. Há também os que abrem uma porque saíram das Agências onde trabalhavam em cargos de confiança cooptados por um cliente para fazer um determinado job.

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Enfim, lá se foi o tempo em que abrir uma agência envolvia profissionais com expertise e investimento com base num mercado competitivo. Hoje, o cara abre sem estrutura alguma, em casa mesmo, ganha uma grana com alguns jobs. Se der grana, aluga uma sala, se der a grana, contrata alguém, se der… vai em frente.

Se não der, fecha. E, se pintar uma nova “porta”, ele abre outra com outro nome e segue a mesma lógica acima.

As Agências de verdade ficam, são perenes, e duram algum tempo (bem maior que os um, dois ou três anos dos aventureiros), porque são fruto de gente qualificada, planejamento e muito trabalho.

Não que estejam isentas de acabar, de fechar de repente, pois há situações que fogem ao controle e ao planejamento, como oscilações do mercado, clientes que nos quebram por não pagarem no prazo previsto (eu mesmo, nesse instante, espero um me pagar por um evento que fizemos em dezembro. Haja caixa).

Há a saída de profissionais decisivos ou a contratação de gente que, ao invés de nos ser fiel e comprometida, em função do salário que ganham e/ou cargo que ocupam, nos usam para criar a sua Agência ou mesmo fazem espionagem, orientados por alguém, e levam, nem sempre de maneira legítima, nosso maior bem: nossos projetos, criação e, às vezes, profissionais mais qualificados – já passou por algumas dessas situações? Não. Você é um felizardo.

Então como saber qual é agência com A maiúsculo?

Temos muitas, graças a Deus, e citá-las aqui seria transformar esse texto em um livro. Os nomes você sabe de cor. Aparecem no Promoview, no Anuário, nos maiores cases que você conhece e se espelha. São referências na sua cidade, no seu mercado, vêm à cabeça quando alguém pergunta: Qual Agência é boa aqui? Qual é a melhor Agência daqui?

Às vezes não são grandes exatamente pelo seu tamanho e número de empregados. Sua grandeza está na sua história e no seu trabalho. São grandes porque se fizeram grandes pela ação e não pela garganta.

Crescer, portanto, não é questão de tamanho, de ter muitas salas, muito vidro e uma imensa sala de reunião. Crescer é evoluir, adaptar-se ao mercado, conhecer o cliente e estabelecer fidelidade. É criar um nicho e ser referência dele. É faturar o que precisa e se manter viva não apenas na memória, mas no desejo do cliente.

Conheço algumas agências assim e a Ideal, daqui do Rio é um exemplo que me vem à mente. Cida Santiago, dona da Agência e a quem conheço, e respeito, de longa data, sabe como ninguém entender o mercado e o cliente. Construiu uma Agência que, há 15 anos, mantém viva sua luz e o seu nome.

Cida, com seus pupilos, vive se reinventando, usa a ousadia e a percepção para se adaptar e manter vivo mais que um nome, um ideal. Quantas agências você conhece com essa capacidade, caro leitor?

Assim, a Ideal é grande. Bem maior que muita agência gigante que vai durar mais um ou dois anos. Nisso, a Conceito se espelhou na Ideal. Constância e consistência é que fazem uma grande Agência. O tempo não mente e sobreviver a ele, mantendo qualidade é o grande desafio.

Parece propaganda, mas não é não. Talvez você conheça empresas como a Ideal na sua cidade. Elas não se preocupam com quantas salas tem. Elas trabalham. Elas não fazem propaganda ostensiva do que fazem e seus nomes talvez não apareçam na lista das premiações e dos cases dos prêmios famosos.

É, mas não se assuste se muitos desses cases tenham acontecido porque elas estavam lá, onde não se lê o nome. No casting, na produção de campo, nos runners, nas ações de marketing promocional, no RH, no roteiro ou no backstage. Na execução.

Hoje, queria falar de Agências cuja grandeza está em fazer, e bem, a sua parte. Em ser especialista e referência no caminho que escolheram. Agências de 10, 15, 20 anos de vida que continuam ativas e fazendo a diferença.

No mundo real, no mercado real, não basta dizer: Quero ser grande!

Nele, para estar vivo, é preciso matar os leões do dia a dia e encontrar, nas sombras, a luz que ilumina o futuro. É preciso ousar e arriscar, mesmo que com certa parcimônia. Ser pequena no custo, grande no resultado e encontrar no seu ideal a maneira certa de olhar para trás e não ter vergonha das pegadas que deixou pelo caminho.

 

Porque você engana muitos por pouco tempo, poucos por muito tempo, mas não engana todos por todo tempo. Diz o pequeno ditado, que é grande, em essência.