Durante uma apresentação de investidores, David Taylor, chairman e CEO da P&G, declarou que a companhia planeja economizar até US$ 400 milhões em comunicação até o final do ano fiscal de 2021, em 30 de junho.
Nos últimos três anos, a P&G poupou US$ 750 milhões, processo que envolveu a redução de mais da metade das agências com as quais a empresa trabalhava.
Durante o evento Consumer Analyst Group of New York, realizado na Flórida, Taylor disse, ainda, que a P&G chegará a cortar 80% de suas agências e passar a trabalhar de uma maneira mais “open source” com suas parceiras de publicidade, focando projetos pontuais.
Historicamente, a P&G destinou uma porção significativa de fees a agências fixas. “Pretendemos adotar uma abordagem mais equilibrada entre fees fixos para parte do trabalho, e, para outra parte, fees baseados em projetos. Open source, neste contexto, significa que avaliaremos nossas agências parceiras para determinar a qualidade e valor de cada projeto. Se uma plataforma crowd-sourcing fizer sentido, a consideraremos, mas nosso primeiro passo é olhar para nosso pool de agências.”, afirma Tressie Rose, porta-voz da P&G.
O movimento representa um enorme declínio nos fees de agências e produtoras – US$ 1,15 bilhões – partindo de uma base, estimada pelos analistas, de cerca de US$ 2 bilhões, quando o processo começou na metade de 2015. No início da década, a P&G investiu cerca de US$ 1 bilhão e fees por ano.
Agora, mais do que nunca, as agências terão que demonstrar toda a sua criatividade para não ficarem de fora dos contratos com uma das empresas que mais investem em publicidade.