O Dia Mundial da Floresta, celebrado hoje (21/03), marca a importância do apoio a iniciativas que aliam geração de renda e preservação do meio ambiente, como os projetos Pacto das Águas, Carbono Cajari e Encauchados Vegetais da Amazônia, que estão mudando a realidade de mais de cinco mil pessoas de comunidades indígenas e ribeirinhas da Região Amazônica.
Desenvolvidos em diferentes localidades, os projetos têm em comum a preocupação com o manejo sustentável da castanha e do látex e o apoio dos programas Petrobras Ambiental e Petrobras Desenvolvimento & Cidadania.
Para Rosane Aguiar, gerente de Investimentos Sociais da Petrobras, “Na visão da companhia, o crescimento tem que ser feito com responsabilidade social e ambiental. E os investimentos em projetos como o Pacto das Águas, o Carbono Cajari e o Encauchados Vegetais da Amazônia permitem fomentar a atuação de iniciativas que trabalham com fixação de carbono e com a criação de mercados sustentáveis.”
Aumento da Renda
O Projeto Pacto das Águas trabalha junto aos povos indígenas Rikbaktsa e Zoró e seringueiros da Reserva Extrativista Guariba Roosevelt (Resex Guariba Roosevelt), no Estado do Mato Grosso, abrangendo uma área aproximada de 880 mil hectares e uma população de 2.500 pessoas.
Desde que foi o projeto criado, em 2007, já foram plantadas 1,2 milhão de mudas nativas e produzidos 600 mil quilos de castanha do Brasil e 40 mil quilos de borracha natural, gerando, apenas em 2012, uma renda de R$ 200 mil do manejo dos seringais e R$ 850 mil do manejo dos castanhais.
A produção é comercializada para cooperativas e empresas do Brasil e parte é utilizada também para subsistência e rituais indígenas. Segundo o seringueiro Ailton Santos, “Com o apoio do projeto retomamos a nossa esperança de viver na e da floresta. Muitos dos jovens que trabalhavam em fazendas retomaram as atividades com a castanha e a seringa. Estamos num tempo em que dá gosto e orgulho de poder voltar a se sentir seringueiro”, declara.
Outra iniciativa conta com a participação dos moradores da Reserva Extrativista (Resex) do Rio Cajari, no Amapá. Por intermédio do Projeto Carbono Cajari, 1400 pessoas de 14 comunidades locais se beneficiam de atividades relacionadas ao extrativismo e processamento de produtos derivados da castanha do Brasil. Desde 2011, a produção total foi de um milhão e 250 mil quilos.
Em 2012, a Associação de Mulheres Extrativistas do Alto Cajari, parceira do projeto, produziu quase 22 mil quilos de produtos derivados da castanha, como biscoitos e paçocas, gerando receita total de cerca de R$ 260 mil no ano.
“Hoje, estamos vendo o resultado do trabalho do projeto. Isto é muito importante, porque nunca tivemos um trabalho como este que temos agora. O projeto nos acompanha e nos dá força para que tenhamos mais uma oportunidade e condições melhores de vida”, afirma o castanheiro Ademir Braga da Silva.
A atividade castanheira foi motivo de criação de várias unidades de conservação na Amazônia, como a própria Resex Cajari e a Resex Chico Mendes, no Acre.
Tecnologia Sustentável
Nos Estados do Acre, Amazonas, Pará e Rondônia, o Projeto Encauchados Vegetais da Amazônia incentivou o desenvolvimento de uma tecnologia simples e barata que utiliza o látex extraído de seringueiras nativas como fonte de renda na produção de artesanatos.
Esta tecnologia social, criada pelos próprios participantes do projeto, sendo eles povos indígenas, seringueiros, ribeirinhos, quilombolas e agricultores familiares, utiliza materiais para transformar o látex em artesanatos de borracha, conhecidos como encauchados.
Da mistura do látex com as fibras e corantes vegetais, as comunidades conseguem produzir bolsas, mochilas, mantas, porta-lápis, pratos e pinturas artesanais em camisetas com o uso de grafismos locais, além de outros artigos que são vendidos tanto em feiras regionais quanto no exterior.
A Petrobras patrocina o projeto desde 2009, e já atendeu mais de 1500 pessoas, em 17 municípios do Acre, Amazonas, Pará e Rondônia, com atividades de geração de renda.
A castanheira é a espécie símbolo da Amazônia, protegida por lei, e seu manejo sustentável, assim como do látex, representa a possibilidade de criação de alternativas para o sustento de famílias e para conservação da floresta em pé.
Em 2013, o Programa Petrobras Ambiental completa dez anos de apoio a iniciativas ambientais realizadas em todo o país. Suas ações já envolveram diretamente mais de quatro milhões de pessoas, além de mais de 1500 parcerias, quase duas mil publicações, cerca de nove mil cursos e palestras e o estudo de mais de oito mil espécies nativas.
O Programa Petrobras Desenvolvimento & Cidadania, criado em 2007, patrocinou ações que chegaram a todas as regiões do País, levando trabalho e renda, educação, garantia de direitos e cidadania a mais de 17 milhões de brasileiros.