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Pesquisa revela aumento de golpes pela internet

Com a proximidade do Natal, as caixas de <em>e-mail</em> se enchem de <em>spams</em> com promoções tentadoras. Muitas pessoas, na ânsia de garantir os benefícios, acabam caindo nas armações de empresas “fantasmas” que aplicam golpes.

Com a proximidade do Natal, as caixas de e-mail se enchem de spams com promoções tentadoras. Muitas pessoas, na ânsia de garantir os benefícios, acabam caindo nas armações de empresas “fantasmas” que aplicam golpes.

Uma pesquisa realizada pela empresa norte-americana McAfee, especializada em segurança na internet, revelou algumas ameaças virtuais da internet para o Natal.

Entre elas, estão as promoções e concursos falsos em redes sociais, protetores de tela de Natal, e-mails de “propaganda” com a temática natalina e mensagens ou aplicativos de aparelhos móveis. A delegada titular da Repressão aos Crimes de Informática (DRCI), Márcia Cristina Xavier Lopes, revela que somente este ano foram notificados mil casos de crimes cibernéticos em todo o Estado do Rio de Janeiro.

“Durante determinadas temporadas esses crimes aumentam sim, no período de férias os golpes de aluguel de imóveis também cresce muito. Somente este ano, tivemos mais de mil casos notificados”, pontua Márcia Cristina.

De acordo com uma pesquisa da empresa Symantec, especializada em antivírus, realizada em 2010, 76% dos brasileiros já foram vítimas de crimes cibernéticos. A própria população foi considerada, pelo relatório, como alvo preferencial dos criminosos.

No relatório, foi constatado que 79% das pessoas acreditam que os criminosos cibernéticos não serão punidos. Segundo a delegada da DRCI, existe solução eficaz para esses casos, embora o tempo seja mais extenso.

“Para que possamos solucionar os crimes de internet, precisamos entrar com uma ordem judicial para a quebra de sigilo do provedor. Somente assim conseguiremos acessar o IP e os dados do usuário. Isso demanda um certo tempo. A investigação é um pouco mais complexa, mais tem solução”, revela Márcia.

A delegada comenta que os provedores não são obrigados a manter os dados do usuário por mais de 90 dias, isso acaba atrasando as investigações, que duram de seis a oito meses.

“Não há uma legislação que obrigue os provedores a guardar os dados do usuário. Se a vítima não vier logo à delegacia denunciar o caso, pode ser tarde demais e a investigação ficará mais lenta. É preciso que as pessoas venham e denunciem o mais rápido possível para que possamos tomar soluções”, diz Márcia.

Novas Ameaças

A Symantec também realizou uma pesquisa referente às ameaças à segurança na internet. No ano passado, a análise destacou um aumento da frequência e na sofisticação dos ataques. Foram 286 milhões de novas ameaças, principalmente por intermédio das redes de relacionamento.

Ao todo, foram mais de 260 mil de identidades expostas por violação de dados causados por hackers, em 2010. No mesmo ano, surgiram 6.253 novas vulnerabilidades, somando 42% a mais em relação a 2009.

“O criminoso cibernético tem a sensação de privacidade em relação à internet. Mas, da mesma maneira que a internet avança, nós também avançamos cada vez mais nos meios de investigação. Temos diversos casos solucionados, posso considerar mais da metade, portanto é bom ressaltar que a denúncia das vítimas é fundamental”, revela a delegada titular da DRCI, Márcia Cristina.

Alerta

A advogada do Procon-RJ, Camile Félix Linhares, faz um alerta para os consumidores não caírem em golpes de internet. “Nesses casos de e-mails com promoções, orientando para o redirecionamento, as pessoas devem observar se a página é segura ou não, verificando na tela do computador se aparece um cadeado no canto direito inferior. Outra dica é ver se o link começa com o HTTPS, pois o ‘S’, evita que a informação seja visualizada por terceiros e pressupõe-se que a página seja segura”.

Golpes pelo Celular

As estratégias para esse tipo de golpe são variadas. As mais comuns são as ligações nas quais os golpistas se fazem passar por representantes de grandes empresas ou da própria operadora e oferecem prêmios e dinheiro para aquele consumidor que comprar cartões telefônicos e lhes fornecer os números.

De acordo com a Delegacia de Defraudações e Falsificações, a maior parte dessas ligações parte de complexos penitenciários, casas de custódia, presídios ou centrais telefônicas clandestinas que trabalham para algum preso.

Segundo Camile Félix, advogada do Procon-RJ, existem algumas dicas importantes para não cair nesse golpe. “Só forneça o número do celular para pessoas conhecidas, evite atender números desconhecidos, jamais forneça dados pessoais pelo telefone, caso seja convidado e disserem que ganhou um prêmio, ligue para a operadora e confirme a informação”.

Fonte: Priscila Andrade/O Fluminense.