Experiência de Marca

Palácio das Artes expõe obras populares em Belo Horizonte

Todo e qualquer artista que quiser mostrar um trabalho no espaço pode levar a obra ao local até 08/03. Haverá leilão das peças dos interessados na venda de suas obras, com lance inicial de R$ 1,99.

Entre 2010 e 2012, funcionou em sala na sobreloja do Edifício Maletta, no Espaço Ystilingue, uma das propostas mais singulares das artes visuais em Belo Horizonte, uma galeria de arte em que qualquer artista podia chegar e colocar suas obras na parede, nas bancas ou no chão.

A cada sexta-feira era aberta nova exposição, sem que os que estavam anteriormente no local fossem retirados. O resultado era alucinante. Celebração das liberdades das artes visuais, movida especialmente por desenhos, pinturas e gravuras.

A proposta ocorre com a mesma radicalidade desde o dia 13/02, na Galeria Mari’Stella Tristão do Palácio das Artes. Todo e qualquer artista que quiser mostrar um trabalho no espaço pode levar a obra dele ao local até 08/03. E, na galeria, será recebido por um curador fake, assinará contrato e terá sua obra apresentada.

(Foto Reprodução: divirta-se.uai.com.br).
O Palácio das Artes está aberto para qualquer artista (Foto: Reprodução/ivirta-se.uai.com.br).

No mesmo endereço, no dia 08/03, haverá leilão das peças dos interessados na venda de suas obras, com lance inicial de R$ 1,99, comandado por “leiloeiro excêntrico”, a ação performática que o pessoal do Piolho Nabado já realizou desde os tempos em que tinha sede no Edifício Malleta, em diversos locais, e que oferece arte a preços populares.

“O que é o espaço de arte? O que é o artista? Por que este ou aquele foram eleitos? É um pouco isso o que questionamos”, conta Warley Desali, integrante do Piolho Nababo. “Estamos convidando toda a sociedade para expor o que produz de arte”, explica Desali

Warley Desali, fazendo balanço das atividades já realizadas em vários espaços alternativos de Belo Horizonte, explica que é muito interessante o conjunto formado por artistas de todos os perfis, dos desconhecidos até quem tem carreira, sem censura de estilo ou gênero. “O resultado é o compartilhamento de vidas”, observa.