Experiência de Marca

Os espaços promocionais 2012 no Palais

A primeira frase que ouvimos hoje pela manhã no Palais: os brindes num festival como este, para a nata da criatividade mundial, decepcionam.

Publicado originalmente em 19/06/12.

A primeira frase que ouvimos hoje pela manhã no Palais: os brindes num festival como este, para a nata da criatividade mundial, decepcionam. Estamos crescendo em volume e qualidade de cases, comprovado pelos Leões deste ano que serão divulgados no final da tarde de hoje. Entretanto, a prática da disciplina parece funcionar sob a máxima “casa de ferreiro, espeto de pau”.

Os melhores cases de promo e ativação do mundo, focam em “multimeios”, usam e abusam das redes sociais e valorizam cada vez mais a cultura gaming. Nas palavras do presidente do júri deste ano, Nick Worthington, durante a coletiva de imprensa, “P&A sumariza o que entendemos por comunicação integrada“. Mas nós complementamos, com toda a experiência deste mercado e acreditamos que vocês irão concordar: a ativação encontra-se nos pequenos detalhes.

Nick Worthington (na direita) durante a coletiva de imprensa de P&A.

Fugindo das frases prontas, encontramos algumas pequenas ações interessantes do ponto de vista das novidades sobre brindes, promo e ativações no Palais. À exceção do rooftop do Palais, inaugurado este ano, onde acontecem eventos, ações especiais de marcas e agências e onde almoçam os jurados diariamente, nada efetivamente surpreendente.

A tradicional bag de Cannes este ano aderiu à simplicidade das sacolas de tecido – que acabam sendo muito mais úteis do que as pastas dos anos anteriores, usadas apenas durante o festival.

Parece que a equipe se deu conta da importância dos delegados em colocar a marca para circular por todo o mundo, durante o resto do ano. Superpositivo. A quantidade de papéis dentro da bag, no entanto, ainda assusta. Mas, voilá, um passo de cada vez.

Não há uma voz que consiga falar mais alto no barulho homogêneo de papéis dentro do bag.

O espaço do YouTube deste ano também deixa a desejar em comparação com as edições anteriores. Nada se compara às “pixações digitais” e tampouco ao filminho do urso, de 2011. Ele também está menor: se antes haviam dois espaços separados, hoje apenas um estande (um grande estande, diga-se de passagem) reúne espaço de chill out, uma rede para quem quiser relaxar, em uma das esquinas (difícil relaxar ali, mas…) e um daqueles brinquedinhos que apelam ao vintage, onde uma mão mecânica tenta pescar um brinde. Fraco. Por fim, pode-se tirar uma foto engraçada em um grande mural e levá-la para casa impressa em um postal. (Ok, e a experiência com vídeo, onde se encontra!?)

Uma das ativações do estande do Youtube.

Apesar do YouTube não ser o centro das atenções como outrora, pelo menos tem o mérito de não repetir uma ativação. O que não acontece com os chineses, que variam o tema de 2011.

No estande deles, pertinho do Estadão e em frente à Abedesign, é possível ter um postcard com foto tirada no local. Mas eles nos levam numa ação promo interminável com demasiados passos a serem cumpridos. Como diz o slogan, a China tem espaço para qualquer ideia, não importa o tamanho, só é pena que ideias grandes e engajamento eles não tenham trazido para Cannes.

A China quer atrair negócio mas não inova em Cannes.

Continuaremos falando dos espaços promocionais nas áreas do Festival durante os próximos dias. Fique ligado no Promoview.