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Oracle anuncia acordo para gerenciar operação do TikTok nos EUA

O acerto da Oracle com a ByteDance era esperado porque a Microsoft, então favorita para compra da plataforma, abandonou a mesa horas antes do anúncio do secretário do Tesouro do país.

Oracle anuncia acordo para gerenciar operação do TikTok nos EUA

Depois da notícia sair no fim da noite de domingo (13), a Oracle confirmou na segunda (14), que acertou um acordo com a ByteDance para se tornar “o provedor confiável de tecnologia” do TikTok nos Estados Unidos, encerrando, em teoria, a novela criada em torno da rede social e a ameaça de bloqueio pelo presidente estadunidense Donald Trump.

A declaração acontece na esteira das declarações do secretário do Tesouro do país, Steven Mnuchin, que na noite de domingo declarou que o negócio havia sido fechado e seria apresentado a Trump ainda esta semana. 

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Além de confirmar o acordo, a Oracle também corroborou a fala de Mnuchin dizendo ter submetido a documentação ao órgão neste último final de semana e declara que sua entrada na rede social não será em caráter de posse, mas de administração das operações no território.

O acerto da Oracle com a ByteDance era esperado não apenas porque o prazo final para um acordo estava próximo – a data limite era 20 de setembro – mas também porque a Microsoft, então favorita para compra da plataforma, abandonou a mesa horas antes do anúncio por Mnuchin. 

De acordo com o The Verge, a companhia de Satya Nadella buscava na reta final a aquisição das operações nos EUA, Canadá, Austrália e Nova Zelândia, mas a ByteDance no fim optou por um acordo de gerenciamento – um que permite à companhia manter posse da plataforma, portanto.

A resolução é tão obtusa quanto as motivações do presidente para buscar banir o TikTok dos EUA, vale acrescentar, dado que o histórico de cooperação da Oracle com o governo estadunidense apenas permite que todas as partes saiam felizes – Trump com a afirmação de “submeteu” os chineses à sua vontade, a ByteDance com a continuidade de posse sobre o negócio. 

Quem reforça bem esta tendência de “nada acontece, feijoada” do acordo é a Microsoft, que na declaração oficial do abandono das negociações escreve que teria “Feito mudanças significativas para garantir que o serviço atendesse os maiores padrões de segurança, privacidade, bem estar on-line e de combate da desinformação.” e que está “Curiosa para ver como o serviço evolui nestas áreas importantes.”