Quando a Seleção Brasileira enfrentou o Haiti, no denominado “Jogo da Paz”, que serviu para iniciar campanha de desarmamento no país, aproveitou a ocasião para chamar a atenção mundial por intermédio daquela partida, para mostrar a realidade dos índices de pobreza da referida Nação.

O presidente Luis Ignacio Lula da Silva assinou com o governo haitiano, acordo de cooperação técnica internacional, cujo projeto, dentro da área esportiva, deu o seu primeiro passo na semana passada, com a participação do Olé Brasil Futebol Clube, que enviou seu diretor de marketingOlé Academy Mauricio Cicciareli, e o treinador de futebol e coordenador do , Helton Tostes, para observar 131 garotos nascidos nos anos de 1995/96, em jogos realizados na capital Porto Príncipe.
O referido acordo foi lavrado pelos dois governos, por meio da Agência Brasileira de Cooperação, e com a promoção do PNUD, rede global das Nações Unidas para o desenvolvimento, que tem como missão conectar países a conhecimentos, experiências e recursos, para ajudar a sociedade a construir uma vida melhor.
Ainda com a cidade tomada pelas ruínas provenientes da tragédia ocorrida no terremoto em janeiro deste ano, mas com muitos canteiros de obras que cuidam da reconstrução do local, os representantes do time brasileiro centraram seus trabalhos no complexo esportivo do Ministério da Juventude, Esporte e Ação Cívica do Haiti, que já havia pré-selecionado 31 garotos por meio do projeto “2008/2018 – dez anos formando campeões”, que se juntaram a mais 100 deles, vindos de outros pontos do país e que foram “filtrados” por intermédio da técnica apresentada nas avaliações e nos jogos, reduzidos a um grupo de 22, e finalmente, aos onze escolhidos para participarem do intercâmbio com o Pinguim.
Segundo avaliações de Tostes e Ciciarelli, o Olé Brasil está trazendo de cinco a seis jogadores “acima da média”, nos padrões de análises técnicas para a idade, e no total dos classificados, sendo um para cada posição, a ABC ficará responsável pela manutenção de sete deles, enquanto que o clube de Ribeirão Preto, “adotará” todas as despesas de estada, alimentação, treinamentos, atendimentos médico/odontológico/psicológico, estudos e materiais de higiene pessoal, dos quatro restantes, em ato de solidariedade para com o setor das relações humanitárias que trabalham no atendimento aos vitimados pelo cataclisma ocorrido no começo deste ano.
Os atletas selecionados pelos observadores do clube canarinho de Ribeirão Preto, permanecerão por um período de nove meses no Complexo Esportivo Olé, participando de trabalhos de desenvolvimento físico, técnico e tático de futebol, convivendo nesse período com a cultura brasileira, e adquirindo também conhecimentos especiais na troca de experiências com outros integrantes do projeto Olé Academy, oriundos do Cazaquistão, Estados Unidos, China, Camarões e Japão.