Novo Mineirão é reprovado por torcedores

O novo Mineirão, reinaugurado no último domingo (03/02), depois das reformas para o estádio receber a Copa de 14 e das Confederações 2013, foi reprovado por alguns torcedores.

Cruzeiro e Atlético-MG se enfrentaram a partir das 17h, em jogo antecipado da terceira rodada do Campeonato Mineiro justamente para inaugurar o estádio, um pedido do governador Antonio Anastasia.

Por dentro, o estádio está bonito, remodelado, como a Fifa pede. Cadeiras em todos os setores, cobertura. Mas está inacabado. Banheiros, por exemplo, não têm detalhes de acabamento no teto e nas torneiras. Também não funcionavam, nos visitados pela reportagem, as máquinas que servem papel para o público secar as mãos.

O que mais revoltou os torcedores, porém, foi que por mais de uma hora e meia depois da abertura dos portões, às 14h15, os bares não funcionavam. Muitos torcedores não almoçaram para provar o famoso tropeirão, prato típico do Mineirão (um feijão com calabresa e outros ingredientes).

“Preferia o Mineirão antigo. Podia comer tropeirão onde quisesse, parar o carro onde quisesse. Isso está muito ruim”, disse o atleticano Fábio Alves, 35 anos de idade, barbeiro.

Segundo os torcedores, a desculpa para os bares estarem fechados era que não havia tíquete para serem vendidos e que comprovassem a venda dos produtos.

Para estacionar o carro, o torcedor podia parar dentro do Mineirão, pagando R$ 30,00. Mas uma hora e dez minutos antes de a partida começar não havia mais vagas – eram 2.640. O jeito era pagar de R$ 50,00 a R$ 100,00 em postos de gasolina próximos.

O acesso também foi dificultado, com bastante trânsito.

O Mineirão é administrado pelo consórcio Minas Arena, formado pelas construtoras Ejesa, Construcap e HAP. Eles reformaram o estádio, que pertence ao Estado, e receberam concessão por 25 anos.

O Cruzeiro é o mandante e assinou contrato para jogar no Mineirão, o que o Atlético-MG não fez (jogará no Independência).

A Minas Arena ainda não se pronunciou sobre os problemas no Mineirão.

Fonte: Marcel Rizzo/Folha de S.Paulo.