O Ministério Público endureceu a discussão com os organizadores do Ribeirão Rodeio Music e a Prefeitura Municipal de Ribeirão Preto (SP), com o objetivo de impedir novos eventos no Parque Permanente de Exposições.
O MP ingressou com uma ação civil pública tendo como réus a administração municipal e a Coderp, que é a responsável pela gestão do local.
“Estamos questionando os contratos que são feitos pela Coderp e Prefeitura na locação daquele espaço. A empresa não traça uma linha sequer na garantia da proteção dos direitos da sociedade e dos frequentadores”, afirmou o promotor da Infância e Juventude Naul Felca, que deixou claro sua posição sobre a realização de shows e eventos no parque.
A ação civil pública foi feita em conjunto pelo Ministério nas áreas do Meio Ambiente e da Habitação e Urbanismo. O ponto crucial a ser investigado seriam as falhas encontradas nos contratos de locação. O festival João Rock, que está marcado para o dia 08/06, também pode ter sua realização comprometida.
A atuação do Ministério Público atinge diretamente aos organizadores do Rodeio Music, que ainda tentam reverter o impedimento da realização do evento, que estava programado para 30/04.
A PM informou que diversas irregularidades foram encontradas no local. “O Parque foi reprovado porque o entorno está muito inseguro, com alambrados rompidos, muros quebrados e baixos, pedras e entulhos, entre outros problemas”, declarou o Tenente Coronel Paulo César Gomes, comandante do 3º Batalhão da Polícia Militar.
“Vimos problemas com saídas de emergência, falta de extintores, sinalização e iluminação de emergência, corrimãos. Temos duas folhas com irregularidades”, disse o Major Cássio Augusto Amaral, sub-comandante do 9º Grupamento.
Em 02/05, dois vistoriantes dos Bombeiros foram ao Parque de Exposições para realizar uma nova vistoria e a informação da assessoria de imprensa do evento é de que todas as melhorias exigidas foram atendidas. No final da tarde, o João Rock foi liberado com dois dias de atraso.