A produtora executiva Monique Rocco é responsável por diversas obras audiovisuais realizadas nos mais diferentes formatos para TV, cinema e streaming. Com mais de 15 anos de experiência no mercado, a profissional entra para o time da Maria Farinha Filmes à frente de mais de 20 projetos nacionais e internacionais, como “Daiane: A Menina Que Voa”, “Copo Vazio”, entre outros.
“Este é um momento muito especial em minha carreira. Já trabalhei na Maria Farinha como pesquisadora e Assistente de Direção em Política, Modo de Fazer, e fui Assistente de Direção Adicional e Produtora de Campo no documentário O Começo da Vida 2: Lá Fora. Volto à produtora com uma grande responsabilidade e com a alegria de continuar o trabalho de excelência de Joelma Oliveira Gonzaga, que agora faz parte da Secretaria Nacional do Audiovisual”, conta Monique.
“Somos admiradoras do trabalho da Monique. Acompanhamos sua trajetória profissional e tudo o que ela já realizou ao longo dos anos. Temos certeza de que a presença dela será muito frutífera e importante, pois dialoga de forma profunda com nosso modelo de inteligência coletiva e nossa forma de produzir. Estamos animadas em recebê-la na Maria Farinha em um momento perfeito para produzir muitas das novidades que estamos desenvolvendo na produtora”, diz Mariana Oliva, co-CEO e Sócia da Maria Farinha Filmes.
Carioca, viveu em Barcelona por sete anos – onde se formou em Teatro e em Gestão e Cooperação Cultural Internacional, além de trabalhar com audiovisual – e viajou por mais de dez países, o que permitiu ampliar exponencialmente seu olhar ao entrar em contato com diversas expressões culturais e artísticas. Entre seus principais trabalhos estão os projetos premiados como “O Estopim”, de Rodrigo Mac Niven, filme indicado ao Emmy 2016 que compõe a lista da ONU pela Contribuição ao Circuito de Direitos Humanos e “Kbela”, de Yasmin Thayná, longa premiado como Melhor Curta-Metragem da Diáspora Africana da Academia Africana de Cinema (AMAA Awards 2017) e que seguiu trajetória em festivais como o Festival Internacional de Cinema de Roterdã (IFFR, 2017) e FESPACO – Festival Panafricano de Cinema e Televisão de Ouagadougou, entre outros.
Como produtora executiva, Rocco teve passagem por Preta Portê Filmes, Quebrando o Tabu, Kilomba Produções e RT Features, estando à frente dos mais recentes filmes de ficção “Enterre Seus Mortos”, de Marco Dutra, e “Barba Ensopada de Sangue”, de Aly Muritiba; dos documentários “Racionais MCs – Das Ruas de São Paulo para o Mundo”, de Juliana Vicente, “Motriz – Roda de Afeto”, de Washington Deoli , e da série “Todas as Cores do Brasil”, de Natara Ney, entre outros.
“Para criarmos novos pactos sociais, é preciso comprometer-se. Eu acredito no cinema como uma importante ferramenta político-social capaz de construir novos imaginários. Mas para isso acontecer, é preciso compromisso com a quebra da perpetuação de discursos excludentes e estereotipados dentro e fora das telas. Essa é a minha disputa de narrativa, estou interessada em novas narrativas, mais representativas. Eu sou mulher negra e, hoje, estar em espaços onde não preciso negociar minha existência, em que participo das tomadas de decisão, é essencial. Por isso exerci muitos nãos ao longo dessa trajetória. Escolher Maria Farinha também tem a ver com isso”, destaca Monique.