"Marcas que apostam no Rio2C entendem que inovação cultural e criatividade são ativos estratégicos", diz Rafael Lazarini

Rio de Janeiro - Faltam apenas sete dias para o início do Rio2C, o maior encontro de criatividade da América Latina. Entre os dias 27 de maio e 1 de junho, a Cidade das Artes, no Rio de Janeiro, se transforma em um ecossistema pulsante onde negócios, tendências, cultura, tecnologia e entretenimento se encontram. Com expectativa de reunir mais de 50 mil pessoas, o evento conta com trilhas de conteúdo que atravessam áreas como audiovisual, música, ciência, publicidade, moda, games e educação.

Nos últimos anos, o Rio2C vem ganhando protagonismo não só pela curadoria ousada, mas também pelo espaço que oferece às marcas para cocriar experiências relevantes e dialogar com um público inquieto, criativo e formador de opinião. À frente dessa transformação está Rafael Lazarini, CEO do Rio2C, que, em entrevista exclusiva ao Promoview, compartilha os bastidores e a visão estratégica do evento.

O Promoview é o canal oficial de experiências do Rio2C 2025. Saiba mais.

Qual foi o pontapé inicial do Rio2C? Como o evento se transformou ao longo dos anos para atender às demandas do mercado?

Rafael: O Rio2C nasceu do desejo de criar um ponto de encontro potente entre criatividade, inovação e negócios no Brasil. Começamos como um evento voltado para o audiovisual, mas rapidamente entendemos que era preciso ampliar esse olhar para abarcar as transformações que impactam toda a economia criativa. Ao longo dos anos, o evento cresceu em escopo e relevância, reunindo hoje mais de 50 mil pessoas em torno de temas que vão da tecnologia à música, da publicidade ao impacto social. Evoluímos acompanhando os movimentos do mercado, mas também antecipando tendências e propondo novos formatos de diálogo.

Quais os objetivos atuais do evento? Porque a escolha do tema “The Edge of Perfection”?

Rafael: Nosso grande objetivo é ser um catalisador de conexões, ideias e negócios que movem a economia criativa e transformam a sociedade. O tema “The Edge of Perfection” provoca uma reflexão profunda sobre os limites entre humano e tecnologia, intuição e precisão, caos e controle. Em um momento em que buscamos experiências e soluções cada vez mais “perfeitas”, queremos discutir o que se ganha — e o que se perde — nesse processo. É um convite para explorar o que existe além da perfeição, afinal, “errar é humano”.

Inovação e cultura

Rio2C 2025 anuncia tema “The Edge of Perfection” e traz novidades para o evento

Falando em público e curadoria, como vocês se planejam para atender a diferentes perfis de público?

Rafael: Nossa curadoria parte de um olhar holístico sobre o ecossistema da criatividade e inovação. Sabemos que recebemos de CEOs a estudantes, de criadores independentes a grandes corporações. Por isso, estruturamos a programação em camadas: com palcos especializados, trilhas de conteúdo interligadas e experiências personalizadas. Tudo isso sem perder a fluidez, para que diferentes públicos encontrem, ao longo do evento, os temas que mais dialogam com suas jornadas.

Ainda sobre curadoria, como vocês buscam equilibrar tendências globais com assuntos relevantes para o mercado brasileiro?

Rafael: Esse equilíbrio é essencial. Por um lado, buscamos sempre trazer speakers e temas que estão no centro das discussões globais — IA, sustentabilidade, impacto social, novas economias. Por outro, temos um compromisso em contextualizar essas discussões à realidade brasileira, com vozes locais, diversidade de perspectivas e recortes regionais. Acreditamos que o global precisa conversar com o local para gerar impacto real.

O Rio2C vem se consolidando como um hub estratégico para marcas. Qual a importância da participação das marcas para o sucesso do evento?

Rafael: As marcas são parceiras fundamentais na construção do Rio2C. Elas não apenas viabilizam o evento, como também contribuem para a curadoria, experiências e conexões que geramos.

Exploramos os temas mais urgentes e relevantes no setor através do nosso Summit Brands&Co, realizado em parceria com a Forbes Brasil, e do palco House of Brands durante toda a conferência, onde recebemos os CEOs e CMOs das maiores marcas presentes no país.

O que vocês buscam em uma marca parceira? Existe um perfil ideal ou uma proposta de valor que guia essas associações?

Rafael: Buscamos marcas que compartilhem nossa visão de futuro, que estejam abertas ao diálogo, à provocação e à cocriação. O perfil ideal é de uma marca que entende a importância da criatividade como vetor de transformação, e que queira se conectar genuinamente com um público curioso, influente e formador de opinião. Valorizamos parcerias que vão além do branding tradicional — queremos experiências que gerem valor para todos os envolvidos.

Quais são os principais desafios logísticos e operacionais que vocês enfrentam na produção do evento?

Rafael: Sem dúvida, a logística é uma das grandes engrenagens do evento. Lidamos com mais de 1.600 palestrantes, dezenas de palcos simultâneos, ativações de marca, credenciamento de milhares de pessoas por dia. O desafio está em fazer tudo isso fluir com excelência, mantendo a experiência do público como prioridade. Trabalhamos com uma equipe altamente especializada, e o planejamento do próximo ano se inicia assim que a edição atual termina — sempre com foco em criar um evento seguro, eficiente e memorável.

Como vocês veem o futuro do evento? Há planos de expansão ou novas frentes a serem exploradas?

Rafael: O futuro do Rio2C passa por aprofundar o impacto que já geramos e por expandir nosso alcance. Temos planos de levar o nosso ecossistema para outros formatos, outras cidades e, potencialmente, para o ambiente digital de forma ainda mais estratégica.

Para quem ainda não conhece o Rio2C ou está em dúvida se participa, que mensagem você deixaria?

Rafael: O Rio2C é mais do que um evento — é uma experiência que transforma. Se você está em busca de inspiração, conexão e novas perspectivas, esse é o lugar. Aqui você vai encontrar ideias que provocam, pessoas que movem o mercado e oportunidades que não aparecem em nenhum outro ambiente. É impossível sair igual ao que chegou.