Michael Wall, CEO Global da Lowe, reside em Estoril, região litorânea vizinha à Lisboa, há alguns anos. Inglês de uma família de classe média, que “sonhava que o filho fosse bancário” ou outra profissão típica, teve seu destino bem diferente do que seus pais planejavam.
O seu caminho está e sempre esteve extremamente conectado com as boas ideias. Michael e o argentino Chacho Puebla, diretor criativo da Lola, o nome da Lowe na Espanha, são palestrantes na manhã de hoje (29/11) sobre o atual cenário global para a criatividade.
Crise, na visão deles, significa para a criatividade “enxergar a metade do copo cheio”. Estar pressionado por restrições financeiras implica em necessariamente pensar as coisas de forma diferente. Trabalhar sob estas condições significa viver um período fantástico para as novas ideias florescerem.
Empreendedorismo foi outra palavra que os questionamentos sobre estratégia de marketing trouxeram à mesa durante nossa entrevista. Questionamos Michael sobre como ele se tornou CEO de uma das maiores empresas globais de criatividade e ele admitiu que foi “no susto”. Porém, reforçou que a estrutura oferecida pela agência sem dúvida foi grande o suficiente para ele acreditar que está caminhando no rumo certo.
“Você se considera um empreendedor bem-sucedido, então?”, perguntamos. E ele respondeu enfático “Não, de jeito nenhum” – resposta típica, aliás, de pessoas que sabem que o aprendizado é diário e nunca suficiente na vida criativa. “Considero muito importante não me considerar bem-sucedido, pois é a forma que tenho de continuar crescendo e empreendendo boas ideias. Isso é vital para a criatividade”.
Sobre o futuro da agência, ambos são enfáticos de que confiam na sua boa estrutura e nos excelentes talentos que atraem, especialmente na América Latina e na Ásia. E o grande diferencial das suas ideias, eles afirmam ser o apetite pelo novo.