O organismo que administra as políticas de registro de nomes dos sites na internet lança na quinta-feira (18/01), uma “revolução” nesta área, que preocupa tanto instituições internacionais como a ONU e o FMI, quanto o setor privado.
Segundo previsões, a agência independente Icann (Empresa para Registro de Nomes e Números na Internet) aceitará a partir de quinta-feira os pedidos apresentados por empresas para criar novos nomes de sites.
Isso permitirá que endereços online terminem de um modo diferente dos até agora tradicionais .com,.org, .net, ou das letras que identificam cada país (.br para Brasil,.ar para Argentina etc.).
As empresas têm como prazo o dia 12/04 para fazer seus pedidos, seja para obter uma “terminação” ou “sufixo” de nome de site em concordância com sua marca (.apple ou.toyota, por exemplo), um produto determinado (.câmera,.bicicleta,.calçado) ou outra palavra que desejarem.
A Icann indicou que o montante para pedir um novo sufixo será de US$ 185 mil, e sua manutenção custará US$ 25 mil anuais.
Segundo o presidente da agência, Rod Beckstrom, trata-se de “Uma revolução no sistema dos nomes de sites da internet”.
Esta ampliação tornou-se necessária pela explosão do número de internautas, que se situa em dois bilhões de pessoas no mundo, a metade deles na Ásia, segundo a empresa.
Atualmente, a internet funciona com o sistema denominado “standard IPv4”, que permite a existência de “apenas” quatro bilhões de endereços.
Há vários anos, a Icann pede a adoção do novo “standard IPv6”, que autorizará a existência de cerca de 340 sextilhões de endereços (ou seja, 340 vezes o número dez seguido de 36 zeros).
Reuters