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Inter vai aumentar capacidade do Beira-Rio

O Beira-Rio voltará a ter capacidade para 50 mil torcedores. No período de Copa do Mundo, podia abrigar no máximo 43.394 pessoas.

A Copa do Mundo em Porto Alegre chegou ao fim. O Beira-Rio, depois de receber os desfiles e golaços de nomes como Messi, Robben, Van Persie, Slimani, Benzema, Schürrle, Musa, Özil, Cahill, Müller, Aguero e companhia, agora, voltará às mãos do Internacional. Pouco ficará de legado da Copa no estádio, mas mudanças estão a caminho.

A principal delas talvez seja o projeto de retirar ainda no primeiro turno do Brasileirão as cadeiras atrás dos gols — é possível que esta mudança já ocorra para o Gre-Nal de 10/08. Assim, as torcidas organizadas teriam mais espaço para assistir aos jogos em pé — como ocorre com a Arquibancada Norte da Arena.

Foto: Fernando Gomes.
Beira-Rio terá capacidade de público aumentada.
Beira-Rio terá capacidade de público aumentada.

“Este foi um pedido dos torcedores, que querem apoiar o time em pé, sem ficar sentados, mas não querem mais subir nas cadeiras, para não quebrá-las.”, disse a vice-presidente e diretora de patrimônio do Inter, Diana Oliveira. “Mas tudo isto também depende da aprovação dos Bombeiros e da Brigada Militar.”, acrescentou.

Estruturas temporárias do Beira-Rio são Desmontadas

Há diversas questões a serem resolvidas pelo clube ainda. As diversas cadeiras interditadas pela Fifa, devido aos “pontos cegos” — com a colocação de um amplo mando verde sobre elas -, que não permitiam total visão do gramado, serão liberadas pelo Inter já para a retomada do Brasileirão em casa, contra o Flamengo, no próximo dia 20/07. Mas elas seguirão com problemas.

Foto: Diego Vara.
Um dia depois de Porto Alegre se despedir da Copa em Alemanha x Argélia, a Fifa iniciou o processo de desmontagem das estruturas da Copa no Beira-Rio.
Um dia depois de Porto Alegre se despedir da Copa com Alemanha x Argélia, a Fifa iniciou o processo de desmontagem das estruturas da Copa no Beira-Rio.

“Na verdade, aquelas cadeiras foram vetadas pela Fifa porque deixavam os torcedores que nelas sentavam com a visibilidade prejudicada. Eles precisavam levantar um pouco para ver melhor. Ponto cego é quando você não enxerga nada.”

Com a retomada destas cadeiras (as únicas retiradas em definitivo foram aquelas que ficavam ao lado das cabines de imprensa), mais a redução da área para os jornalistas, o Beira-Rio voltará a ter capacidade para 50 mil torcedores. No período de Copa, poderia abrigar no máximo 43.394 pessoas.

Uma questão sem solução é a chuva nas primeiras fileiras de cadeiras. Diana Oliveira argumenta que não há o que fazer com relação a isto. A arquitetura do novo Beira-Rio não permite cobrir todas as arquibancadas.

Na decisão as Oitavas de Final, entre Alemanha e Argélia, os voluntários precisaram secar até a décima fileira de cadeiras, que estavam molhadas por causa da chuva e do vento.

“Não há o que fazer com relação a isto, seguirá chovendo em algumas cadeiras e também na área dos cadeirantes, que ficam próximos ao gramado. Em dias de chuva, os cadeirantes que quiserem serão realocados para a superior e para as cadeiras Vip. Uma chuva forte com vento pode molhar toda a inferior.”, afirmou Diana.

Na próxima semana, o Inter receberá os “carrinhos de luz” que foram importados da Suécia, a fim de preservar o gramado do estádio durante o inverno. Há um ponto no Beira-Rio, na área do escanteio, em frente à antiga social, onde a cobertura não permite a chegada dos raios de sol.

Os carrinhos já passarão a ser utilizados na semana que vem. O clube ainda recebeu do COL (Comitê Organizador Local) máquinas e tanques de gelo para o tratamento dos jogadores após as partidas, que permanecerão instalados nos dois vestiários. Além disso, no local onde estavam as estruturas temporárias, o Inter voltará a contar com estacionamento — como ocorria antigamente, em parceria com a EPTC.

“Além da visibilidade que o Beira-Rio teve com a Copa, o Mundial nos deixou uma experiência profissional espetacular. Em termos de complexidade, a obra do Beira-Rio já atingiu o seu pico.”, concluiu Diana Oliveira.

Por Leandro Behs.