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Queda de arquibancada em SP expõe “maré de azar” em série de acidentes na indústria de eventos

Evento musical realizado em Eldorado, interior do estado, foi cancelado após 60 pessoas se ferirem; felizmente, não houve mortes

São Paulo - No último final de semana, a Expo Eldorado, interior de São Paulo (SP) teve sua programação cancelada: em mais uma situação ruim para a indústria de eventos, uma arquibancada veio abaixo durante algumas apresentações musicais, ferindo 60 pessoas. Felizmente, não houve mortes, mas a investigação para apurar a causa do ocorrido ainda está em curso.

Esse é o terceiro caso de acidente noticiado pelo Promoview no curso de um mês: ao final de junho, a Arena Albatroz, em Bertioga, também caiu (felizmente, nenhum evento estava em curso); já na última semana, o palco principal do Tomorrowland na Bélgica pegou fogo dois dias antes do festival abrir. E agora, Eldorado se vê em contendas com descobrir como o seu caso veio a acontecer.

A indústria de eventos passa por uma maré de azar cheia de acidentes? Como se prevenir

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Imagem: Reprodução

O ponto que une as três situações mencionadas é o caráter aparentemente acidental das ocorrências: a Arena Albatroz caiu mediante a força dos ventos incomuns que a atingiram na hora, enquanto o palco do Tomorrowland ainda não detalhou a origem do incêndio, mas conseguiu seguir a sua programação normalmente por meio de adaptações bem consistentes.

Embora, desses três, o recente caso da Expo Eldorado tenha sido o único com feridos, é importante ressaltar que 1) não houve mortes; e 2) todos os eventos estavam devidamente aprovados e suas estruturas técnicas, laudadas perante as autoridades (o Corpo de Bombeiros do caso mais atual confirmou ao G1 o respaldo da organização).

Em outras palavras: até que se prove o contrário, os três eventos “deram azar”, como diz a expressão.

Ainda que “sorte” (ou a falta dela) seja um parâmetro que não se pode controlar, a indústria de eventos conta com diversas práticas inteligentes de prevenção a acidentes. O Promoview já falou sobre algumas delas, mas vale reproduzi-las aqui:

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Imagem: Reprodução
  • Vistoria detalhada do espaço (saídas de emergência, estruturas temporárias, acessos)
  • Conferência de licenças, certificados de proteção contra incêndio e limites de público
  • Contratação de empresas terceirizadas para cuidar da parte de inspeção e conformidade, exigindo documentação atualizada
  • Elaboração de planos de ação para cenários críticos (incêndio, evacuação, emergências médicas)
  • Capacitação de toda a equipe
  • Realização de exercícios práticos e simulações antes do evento para manter a calma e coordenar saídas em casos de pânico
  • Credenciamento de funcionários
  • Checagem de ingressos
  • Uso de detectores de metal e inspeção de bagagens para impedir a entrada de objetos perigosos ou não autorizados
  • Treinamento das equipes de segurança para resposta rápida
  • Patrulha de seguranças
  • Uso de câmeras de vigilância
  • Detectores de fumaça e sistemas de comunicação interna para identificar riscos em tempo real
  • Placas visíveis para saídas de emergência, extintores e postos de socorro
  • Alto-falantes ou alarmes para orientar e alertar público e equipe
  • Estabelecimento de protocolos de segurança com bombeiros, polícia, serviços de saúde e transporte público
  • Contratação de apólice de seguros sólida para cobertura de indenizações e custos médico-hospitalares em caso de acidentes com participantes
Rafael Arbulu

Redator

Jornalista há (quase) 20 anos, passeando por editorias como entretenimento, tecnologia e negócios, sempre com um olhar crítico e praticamente nostálgico. Por toda a sua carreira, sempre buscou detalhar desde as tendências mais disruptivas do mercado até as curiosidades culturais que desafiam a lógica do "só porque é novo, é melhor". Fã de vinis, cervejas especiais e grandes sagas literárias, ele traz para os textos doses generosas de referências pop – mas sem esquecer que, no universo corporativo, até o lado B precisa fazer sentido.

Jornalista há (quase) 20 anos, passeando por editorias como entretenimento, tecnologia e negócios, sempre com um olhar crítico e praticamente nostálgico. Por toda a sua carreira, sempre buscou detalhar desde as tendências mais disruptivas do mercado até as curiosidades culturais que desafiam a lógica do "só porque é novo, é melhor". Fã de vinis, cervejas especiais e grandes sagas literárias, ele traz para os textos doses generosas de referências pop – mas sem esquecer que, no universo corporativo, até o lado B precisa fazer sentido.